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Na Ásia, casos de coronavírus crescem no Japão e na Coreia do Sul

Autoridades japonesas cogitam expandir as restrições como forma de conter o avanço da covid-19

Covid-19: aumentos de casos no Japão e Coreia do Sul preocupam autoridades locais (Kyodo News/Getty Images)

Covid-19: aumentos de casos no Japão e Coreia do Sul preocupam autoridades locais (Kyodo News/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de novembro de 2020 às 12h47.

Última atualização em 12 de novembro de 2020 às 13h46.

Nesta quinta-feira, 12, o Japão somou 1.546 casos de covid-19 em 24 horas, o maior desde agosto, mês de pico da onda anterior da doença no país. Ainda na Ásia, a Coreia do Sul relatou números de novas infecções com três dígitos nos últimos cinco dias. Já os Estados Unidos quebraram novo recorde ao contabilizar cerca de 144 mil infecções, quebrando pelo nono dia seguido a marca de mais de 100 mil contágios em 24 horas. O panorama foi noticiado pelo Wall Street Journal.

O jornal informou que as autoridades japonesas cogitam expandir as restrições como forma de conter o avanço da covid-19. "Se as infecções continuarem a se espalharem ainda mais, seremos forçados a tomar medidas mais drásticas", disse Yasutoshi Nishimura, ministro do comitê governamental responsável por administrar a pandemia. Uma das possibilidades estudadas é estender até o final de fevereiro a regra de 50% da capacidade em eventos de grande porte prevista inicialmente só até o final deste mês. O Japão possui 113.644 casos e 1.852 mortes até o momento, apontam dados da Universidade Johns Hopkins.

Diante do aumento do número de casos, o país asiático vizinho, Coreia do Sul, vai multar a partir desta sexta-feira, 13, pessoas que não estiverem utilizando máscara em locais públicos na capital Seul. Assim como no caso do Japão, o governo coreano afirmou que pode reforçar as diretrizes de distanciamento social caso os níveis atuais se mantenham ao longo das próximas semanas. A Coreia do Sul soma 27.942 casos e 487 fatalidades, de acordo com dados oficiais do governo.

EUA

Nos Estados Unidos, além dos aumentos seguidos no número de infecções, o índice de internações também bateu recorde no país. Pela primeira vez desde o início da pandemia, existem mais de 65 mil americanos hospitalizados em decorrência da doença, noticia o The Washington Post. O cenário se repete na taxa de fatalidades, enquanto os EUA registraram 1.893 mortes na quarta-feira, 12, maior número desde o início de maio, segundo a Johns Hopkins. No total, os números da universidade indicam 10.404.354 contágios e 241.808 óbitos por coronavírus no país.

Alemanha

Em contrapartida, o cenário é mais positivo na Alemanha. Nesta quinta-feira, o representante da agência de controle de doenças do país, Lothar Wieler, afirmou que "a curva está se achatando". Segundo ele, a queda diária de novas infecções mostra que "não somos impotentes contra este vírus" e que restrições como o distanciamento social e o uso de máscaras podem ajudar a deter o avanço da doença, publicou o britânico The Guardian.

Apesar da perspectiva mais animadora, Wieler acredita que o quadro ainda pode piorar nas próximas semanas, levando o sistema de saúde "ao limite". Por isso, pediu que os alemães continuem a restringir contatos sociais ao mínimo possível. "Devemos evitar que a situação se deteriore", disse ele, enfatizando que o objetivo é reduzir o número de infecções a um nível que o sistema de saúde possa lidar. O levantamento da Johns Hopkins informa que o país possui 738.094 casos e 163.368 mortes confirmadas.

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