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Fechamento de fábricas nos EUAfavorece a Índia, diz McKinsey

Fatia da Índia no comércio mundial poderá quadruplicar em uma década, caso sejam resolvidos gargalos na infra-estrutura e barreiras regulatórias

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2013 às 11h57.

Líder em call centers e produção terceirizada de softwares, a Índia é a campeã mundial de offshoring em tecnologia de informação (TI), mas ainda tem muito a melhorar em exportações de produtos manufaturados.

As vendas externas da Índia representam apenas 0,8% do comércio mundial, enquanto a China responde por 6,4%. Isso resulta, diz o diário britânico Financial Times, de uma infinidade de deficiências em infra-estrutura e barreiras regulatórias.

Isso pode mudar drasticamente em uma década, afirma estudo da consultoria McKinsey. A fatia da Índia no comércio mundial poderá quadruplicar neste período, graças à transferência de fábricas dos Estados Unidos, que entram em "nova e brutal" fase de eliminação de empregos (que o caso da GM ilustra muito bem).

Esse processo, diz o Financial Times, terá grande impacto não apenas sobre a Índia, mas sobre outros países de baixo custo atraentes para multinacionais que não desejam aumentar sua exposição ao mercado chinês.

Aos poucos, as reformas implementadas a partir de 1991 na Índia vão surtindo efeito. A prioridade para serviços de TI, que traz a vantagem de se driblar os problemas de infra-estrutura, cede espaço para uma política de estímulo à manufatura.

As mudanças incluem a gradual abolição de licenças de importação; redução das altíssimas tarifas industriais; privatização dos setores automotivo, de alumínio, de telecomunicações e TI; flexibilização do câmbio e cautelosa mudança das regras que regem os investimentos diretos estrangeiros (IDEs).

Na pauta dos debates internos do governo, a despeito de atrasos e adiamentos, está agora a liberação de 100% de IDEs no setor petrolífero e de infra-estrutura aeroportuária, entre outros.

O efeito cumulativo dessas alterações é a criação, pela primeira vez na história da Índia, de um mercado de massas para os manufaturados locais.

E as indústrias voltaram a contratar, depois das demissões da década de 90, não só para suprir o mercado interno, mas também para dar conta de um crescente interesse internacional pelos produtos indianos. As exportações nos sete meses completados em outubro cresceram 22%, sendo três quartos das vendas externas compostas por manufaturados.

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