Um dia após a Ford anunciar um plano de reestruturação que inclui a demissão de 30 000 pessoas, agora é a vez da DaimlerChrysler apresentar ao mercado suas mudanças internas. O objetivo da montadora é criar um "novo modelo de gestão" e, para isso, terá de demitir 20% de seu quadro administrativo em todo o mundo, o que equivale a 6 000 funcionários.

Ao contrário da Ford, que otpou pelo fechamento de 14 fábricas, a DaimlerChrysler pretende cortar os excessos de gastos sem se desfazer de suas plantas. Na montadora alemã, a palavra da hora é sinergia: diversos setores administrativos e gerenciais serão consolidados em um único departamento, evitando redundâncias. Com isso, a empresa espera economizar 1,2 bilhão de dólares por ano

"Nosso objetivo é criar uma estrutura ágil, que desenvolva todo o potencial da DaimlerChrysler", disse Dieter Zetsche, principal executivo da empresa. Apesar de as vendas terem crescido, a competição vem derrubando os preços dos veículos, o que diminui a rentabilidade da companhia.

As mudanças começam do topo. O Conselho de Administração, atualmente com 12 membros, passa a ter nove. Além disso, a cooperação entre a Mercedes Car Group e a Chrysler Group será intensificada. A reestruturação levará até três anos para ser totalmente implementada.

Quanto às demissões, a empresa informou que elas serão voluntárias, sobretudo por meio do adiantamento de aposentadorias.