Ex-presidente Mohamed Mursi: ele também é processado por suposto envolvimento na morte de manifestantes, espionagem, e por sua fuga da prisão em 2011 (Khaled Desouki/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2014 às 07h40.
Cairo - A Procuradoria Geral do Egito investiga o ex-presidente islamita Mohammed Mursi pela entrega de documentação relacionada com a segurança nacional ao Catar, informaram nesta quinta-feira à Agência Efe fontes judiciais.
O procurador-geral, Hisham Barakat, ordenou ontem à noite a detenção preventiva de Mursi por 15, que já está preso e enfrenta outras acusações.
Os investigadores interrogaram o ex-presidente na prisão de Burg al Arab, que fica perto da cidade mediterrânea de Alexandria. Os documentos que Mursi é acusado de vazas foram emitidos por importantes órgãos do país e entregues ao Catar através da televisão "Al Jazeera".
A entrega dessa documentação a outro país prejudica a segurança nacional do Egito, segundo a agência oficial egípcia, "Mena". As relações entre Egito e Catar se deterioraram desde a cassação de Mursi, em 3 de julho de 2013, por causa do respaldo do emirado à Irmandade Muçulmana.
Mursi - dirigente da confraria - foi derrubado pelo exército após vários dias de protestos maciços que pediam a realização de eleições presidenciais antecipadas.
Ele está sendo processado por seu suposto envolvimento na morte de manifestantes, em um caso de espionagem, e por sua fuga da prisão de Wadi Natrun em 2011.