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Mursi afirma que agora é o momento da mudança na Síria

Esta é a primeira vez que o dirigente participa de uma reunião da Liga Árabe desde que assumiu a presidência do Egito

Mohamed Mursi: ''Ainda existe um pouco de tempo para acabar com o derramamento de sangue'' (©AFP / -)
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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2012 às 20h42.

Cairo - O presidente egípcio, Mohammed Mursi, afirmou nesta quarta-feira, no discurso de inauguração de uma reunião de ministros de Relações Exteriores da Liga Árabe, no Cairo, que ''agora é o momento da mudança'' na Síria , por isso ''não é preciso perder tempo falando de reformas''.

''Ainda existe um pouco de tempo para acabar com o derramamento de sangue'' acrescentou Mursi, que pediu que as autoridades sírias não tomem as ''decisões corretas'' tarde demais.

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Esta é a primeira vez que o dirigente participa de uma reunião da Liga Árabe desde que assumiu a presidência do Egito, em junho. Mursi afirmou que a crise síria deve ser solucionada por meio de um acordo árabe e com apoio internacional, e rejeitou categoricamente uma intervenção militar internacional.

''O sangue do povo sírio está sendo derramado e é responsabilidade achar uma solução definitiva com toda rapidez'', pediu o chefe de Estado egípcio, que reiterou seu apoio aos cidadãos sírios ''até que consigam garantir seus direitos''.

Durante o discurso, Mursi fez uma menção à revolta que derrubou o regime de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011: ''Nós não exportamos a revolução para ninguém, mas apoiamos os povos que se movimentam para conseguir sua liberdade e dignidade''.

O presidente egípcio disse ainda que ''não pode existir cooperação entre os estados árabes se os países não se comprometerem de forma explícita a respeitar sua soberania''.

Enquanto Mursi pronunciava seu discurso, dezenas de ativistas sírios, em greve de fome desde ontem, concentravam-se em frente à sede da Liga Árabe, no centro do Cairo, para pedir que responsáveis árabes adotem medidas rápidas para deter os massacres do regime de Bashar al Assad.

Nesta terça-feira, 33 pessoas ficaram feridas em choques entre manifestantes e policiais próximos à embaixada síria na capital egípcia.

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