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Mundo tem mais de 130.000 infectados com coronavírus e 4.900 mortes

O aumento se deve, em especial, a casos confirmados na Itália, que registrou 2.651 novos infectados nas últimas 24 horas

Coronavírus: mais de 130 mil pessoas estão infectadas no mundo todo (SeongJoon Cho/Reuters)
BC

Beatriz Correia

Publicado em 12 de março de 2020 às 18h32.

Última atualização em 12 de março de 2020 às 19h03.

O número de casos do novo coronavírus no mundo excedeu 130.000, com mais de 4.900 mortes em 116 países e territórios, de acordo com um balanço estabelecido pela AFP de fontes oficiais nesta quinta-feira às 15 horas.

No total, 131.479 pessoas foram infectadas e 4.925 morreram. O aumento deve-se, em especial, a casos confirmados na Itália, o segundo país mais afetado depois da China.

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As autoridades italianas registraram 2.651 novos casos nas últimas 24 horas, totalizando 15.113 pessoas contaminadas e 1.016 mortes.

Todas as igrejas da diocese de Roma permanecerão fechadas até 3 de abril, com o objetivo de ajudar a interromper a pandemia do Covid-19, anunciou nesta quinta-feira o cardeal italiano Angelo De Donatis, bispo vigário de Roma.

"Até sexta-feira, 3 de abril de 2020, o acesso às igrejas" em Roma e, de "maneira geral, aos locais de culto permitidos ao público, ficam proibidos a todos os fiéis", disse monsenhor De Donatis em comunicado à imprensa.

Embora as missas, assim como qualquer outra reunião de pessoas, já tenham sido proibidas, as igrejas permanecem abertas aos fiéis. "Lembramos que esta disposição foi adotada para o bem comum", acrescentou o prelado. Essa decisão é particularmente simbólica na Itália, onde a grande maioria da população se declara católica.

O coronavírus é motivo de preocupação para a Igreja italiana e também para o Vaticano, e o Papa Francisco mencionou isso em várias ocasiões em suas missas.

Na terça-feira, ele pediu aos padres "que tenham coragem de sair e visitar os doentes", "para acompanhar as equipes médicas e os voluntários".

O governo italiano incluiu missas, casamentos e funerais entre congregações proibidas, "uma medida fortemente restritiva cuja aceitação implica sofrimento e dificuldades" para padres e fiéis, lamentou a Conferência Episcopal Italiana há alguns dias em seu site.

Desde então, o clero não fez nenhuma reserva sobre as novas medidas restritivas adotadas pelo governo italiano.

França

Na França, o presidente Emmanuel Macron anunciou o fechamento de escolas e universidades a partir da próxima semana por causa do Covid-19, enquanto as eleições municipais de domingo serão realizadas conforme o programado.

O fechamento das escolas a partir de segunda-feira será "até novo aviso", disse Macron em discurso ao país, no qual pediu às pessoas com mais de 70 anos que ficassem em casa como medida preventiva.

No entanto, o presidente anunciou que o primeiro turno das eleições municipais, programado para domingo, "será mantido", uma decisão tomada depois de consultar cientistas que estimam que "não há nada que impeça os franceses de ir às urnas".

"É importante neste momento, seguindo as recomendações dos cientistas, como estamos fazendo, continuar garantindo a continuidade de nossa vida democrática e de nossas instituições", disse o presidente francês.

A epidemia de coronavírus "que afeta todos os continentes e atinge todos os países europeus é a mais grave crise de saúde que a França passou em um século", disse o chefe de Estado francês.

A França, um dos principais países atingidos pelo coronavírus na Europa, registra quase 3.000 casos confirmados e 61 mortes, segundo um último relatório divulgado pouco antes do discurso de Macron pelo Ministério da Saúde.

"Estamos apenas no começo desta crise", disse Macron. "Apesar de todos os nossos esforços para detê-lo, esse vírus continua a se espalhar e acelerar", acrescentou ele solenemente.

Nova York

O governador de Nova York, Andew Cuomo, informou que o número de casos de coronavírus subiu 112, entre a quarta-feira, 11, e esta quinta-feira, 12, e chegou a 328, sem nenhuma morte.

Em entrevista coletiva, o democrata revelou a suspensão de todos os eventos com de 500 pessoas, a partir de 18 horas (em Brasília) da sexta-feira, 13, como forma de conter o avanço do coronavírus no Estado norte-americano.

A medida não inclui escolas, hospitais, lares para idosos e meios de transporte de massa, que permanecerão abertos.

O governador determinou que locais com menos de 500 pessoas só poderão ter metade da capacidade de ocupação completa. Os teatros da Broadway serão fechados a partir desta quinta-feira.

Em Nova Jersey, Estado vizinho de Nova York, o governador Philip Murphy recomendou o cancelamento de aglomerações com mais de 250 pessoas, incluindo shows, eventos esportivos e protestos.

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