Papa Francisco (Pool/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2015 às 16h34.
Washington - Uma multidão diversa recebeu nesta quinta-feira a saudação e a bênção do papa Francisco nos jardins do Capitólio de Washington, depois do histórico discurso do pontífice no Congresso dos Estados Unidos.
Dezenas de milhares de pessoas esperavam o momento desde o início da manhã no jardim oeste do Capitólio, um local blindado com um forte esquema de segurança e presença policial.
O público que compareceu à cerimônia de hoje era muito mais heterogêneo do que o que esperou ontem, durante horas, para ver o pontífice passar no papamóvel pelo centro de Washington, majoritariamente latino e católico.
Apenas convidados dos congressistas podiam comparecer ao evento no Capitólio, por isso muitas pessoas que não são religiosas, mas que consideram Francisco como líder internacional, compareceram ao local.
Consciente da diversidade do público, o papa acrescentou ao seu habitual pedido para que rezem por ele: "E se entre vocês há alguns que não creem ou não podem rezar, por favor, peço-lhes que me desejem coisas boas".
Esse detalhe agradou a muitos, como Kevin McNab e Amessha Sampat, que não são católicos, mas se interessam por Francisco como líder de grande influência no mundo.
"Representa uma parte da população muito conservadora e o que diz é mais progressista. Há muita gente em todo mundo esperando para ouvir seus comentários", dissse McNab em entrevista à Agência Efe.
Ele e outros jovens ouvidos pela Efe destacaram do discurso do papa as mensagens sobre a luta contra a mudança climática, a defesa de uma sociedade mais igualitária e a favor dos imigrantes.
O pontífice fez sua saudação e bênção em espanhol, com tradução para o inglês, mas quis se despedir no idioma da maior parte dos presentes com o clássico "Thank you, and God bless America" (Obrigado e que Deus abençoe a América).
As referências patrióticas agradaram o público que acompanhou o discurso do papa nos jardins do Capitólio, que viveu um dos momentos de maior euforia quando o papa citou em seu discurso "a terra dos livres e lar dos valentes", frase emblemática do hino dos EUA.
Outras passagens da mensagem que foram aplaudidas foram a defesa dos imigrantes, a defesa do fim da pena de morte em nível global e a referência da família como "fator essencial" na construção dos EUA.