Pessoas rezando em cerimônia em Srebrenica, na Bósnia e Herzegovina: o primeiro-ministro da Sérvia, Aleksandar Vucic, passou apuros na solenidade (REUTERS/Stoyan Nenov)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2015 às 10h05.
Potocari - Uma multidão atirando garrafas e pedras perseguiu o primeiro-ministro da Sérvia em um cerimônia na Bósnia neste sábado que marcava o vigésimo aniversário do massacre de Srebrenica, destacando o grau de rancor com a contínua negação de Belgrado de que houve um genocídio.
Guarda-costas escoltaram Aleksandar Vucic através de enlutados enfurecidos que gritavam e vaiavam, enquanto uma multidão subiu a colina atrás da delegação, que corria para seus carros. Uma fonte do governo bósnio disse que a delegação havia deixado o local.
A cena marcou uma cerimônia para comemorar o dia em que Srebrenica, designada como um refúgio seguro pelas forças de paz das Nações Unidas, foi invadida pelas as forças bósnias da Sérvia nos meses finais da guerra que durou de 1992 a 1995.
Cerca de 8.000 homens e meninos muçulmanos foram executados ao longo dos cinco dias seguintes, com seus corpos jogados em covas, apenas para serem desenterrados meses mais tarde e espalhados em túmulos menores em um esforço para ocultar o crime. Mais de mil ainda não foram encontrados.
Os restos de 136 vítimas identificadas recentemente foram enterrados neste sábado.
A Sérvia, que apoiou as forças bósnias da Sérvia com homens e dinheiro durante a guerra, conseguiu na semana passada que a sua aliada Rússia vetasse uma resolução da ONU com apoio britânico que teria condenado a negação de Srebrenica como genocídio, como um tribunal da ONU decidiu que era.