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Mulheres continuam sendo discriminadas na América Latina

Apesar das iniciativas já adotadas, igualdade entre os sexos ainda está distante da realidade, explica estudo

mulheres usando smartphone (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2011 às 18h38.

Washington - Salários precários, acesso limitado à previdência social e maior propensão à pobreza e ao analfabetismo: a América Latina ainda está em dívida com as mulheres, anunciou a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) em relatório divulgado nesta segunda-feira.

Os países da região lançaram iniciativas e adotaram leis para acabar com a discriminação contra as mulheres, mas a igualdade entre os sexos ainda está distante da realidade, explicou o documento da entidade da Organização de Estados Americanos (OEA).

"Em matéria de direitos econômicos sociais e culturais, a discriminação contra as mulheres continua se refletindo no mercado de trabalho; seu acesso limitado à seguridade social; as altas taxas de analfabetismo de mulheres e crianças na comparação com os homens", afirmou a CIDH.

As mulheres também sofrem uma "grave situação de pobreza e exclusão social" e existe uma escassez de participação política de mulheres indígenas e afrodescentendes, afirmou o relatório, realizado com informação compilada durante três anos na região.

Em muitos países, "as mulheres têm menores possibilidades que os homens de satisfazer necessidades básicas", como alimentação, moradia, saúde e continuam "particularmente expostas" à violência e suas opções de trabalho são "limitadas", afirmou o relatório.

Nas últimas décadas, os governos da região fizeram esforços para melhorar a inserção das mulheres no mercado de trabalho, mas "a pobreza persiste e a indigência cresce", afirmou.

As crianças e adolescentes enfrentam "barreiras" para receber educação, por tradições familiares que privilegiam a educação dos meninos, esteriótipos em currículos escolares contra as mulheres e gravidez na adolescência, entre outros.

O número de mulheres com títulos de educação superior cresce, mas isso em muitas ocasiões não se traduz em melhores empregos e salários.

A CIDH pediu aos países latino-americanos desenvolver estratégias que permitam dar às mulheres acesso aos recursos, trabalho e educação, assim como elaborar estatísticas confiáveis para garantir que sejam aplicadas.

A educação pública deve receber mais recursos, e deve ter especial atenção em zonas rurais e de alta concentração de mulheres indígenas e afrodescendentes, pediu a comissão.

Recomendou, também, a difusão de campanhas para sensibilizar a população contra discriminação de patrões e para que as mulheres conheçam seus direitos e opções trabalhistas.

Para garantir que haja mudanças, a CIDH instou a garantir a representação das mulheres em "todas as esferas e em todos os níveis, incluindo os âmbitos de formação das políticas econômicas, financeiras e comerciais".

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Washington - Salários precários, acesso limitado à previdência social e maior propensão à pobreza e ao analfabetismo: a América Latina ainda está em dívida com as mulheres, anunciou a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) em relatório divulgado nesta segunda-feira.

Os países da região lançaram iniciativas e adotaram leis para acabar com a discriminação contra as mulheres, mas a igualdade entre os sexos ainda está distante da realidade, explicou o documento da entidade da Organização de Estados Americanos (OEA).

"Em matéria de direitos econômicos sociais e culturais, a discriminação contra as mulheres continua se refletindo no mercado de trabalho; seu acesso limitado à seguridade social; as altas taxas de analfabetismo de mulheres e crianças na comparação com os homens", afirmou a CIDH.

As mulheres também sofrem uma "grave situação de pobreza e exclusão social" e existe uma escassez de participação política de mulheres indígenas e afrodescentendes, afirmou o relatório, realizado com informação compilada durante três anos na região.

Em muitos países, "as mulheres têm menores possibilidades que os homens de satisfazer necessidades básicas", como alimentação, moradia, saúde e continuam "particularmente expostas" à violência e suas opções de trabalho são "limitadas", afirmou o relatório.

Nas últimas décadas, os governos da região fizeram esforços para melhorar a inserção das mulheres no mercado de trabalho, mas "a pobreza persiste e a indigência cresce", afirmou.

As crianças e adolescentes enfrentam "barreiras" para receber educação, por tradições familiares que privilegiam a educação dos meninos, esteriótipos em currículos escolares contra as mulheres e gravidez na adolescência, entre outros.

O número de mulheres com títulos de educação superior cresce, mas isso em muitas ocasiões não se traduz em melhores empregos e salários.

A CIDH pediu aos países latino-americanos desenvolver estratégias que permitam dar às mulheres acesso aos recursos, trabalho e educação, assim como elaborar estatísticas confiáveis para garantir que sejam aplicadas.

A educação pública deve receber mais recursos, e deve ter especial atenção em zonas rurais e de alta concentração de mulheres indígenas e afrodescendentes, pediu a comissão.

Recomendou, também, a difusão de campanhas para sensibilizar a população contra discriminação de patrões e para que as mulheres conheçam seus direitos e opções trabalhistas.

Para garantir que haja mudanças, a CIDH instou a garantir a representação das mulheres em "todas as esferas e em todos os níveis, incluindo os âmbitos de formação das políticas econômicas, financeiras e comerciais".

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