Mujica quer legalizar para não presentear pessoas ao tráfico
Presidente do Uruguai se referiu ao projeto para legalizar maconha como uma decisão política que "não é bonita"
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2014 às 08h40.
Montevidéu - O presidente do Uruguai , José Mujica, se referiu ao projeto de lei que será votado nesta terça-feira no Senado de seu país para legalizar a compra e venda e o cultivo de maconha como uma decisão política que "não é bonita", mas que foi tomada para não "presentear pessoas ao narcotráfico".
Em declarações ao "Channel 4" da televisão uruguaia, o presidente destacou que o país e seus cidadãos não estão "totalmente preparados" para uma decisão destas características, mas pediu uma "oportunidade" para testar a iniciativa.
"Isto é como quando se toma um purgante, é tomar medidas que não são bonitas, mas não queremos deixar essa gente de presente para o narcotráfico", ressaltou Mujica.
Para o presidente, "existe muita dúvida e a dúvida é legítima", mas isto não "pode paralisar o ensaio de novos caminhos perante um problema que nos mantêm paralisados".
Segundo Mujica, quando a norma for aprovada, o que é tido como certo pelo partido governista Frente Ampla, impulsor da medida e que conta com maioria no Senado, o processo será "gradual" e o governo será "muito observador da realidade", sem fomentar o consumo de maconha.
"Quem diz que o tabaco é bom? E, mesmo assim, as pessoas fumam", refletiu o veterano presidente de 78 anos.
De acordo com o presidente, no mês passado no Uruguai "subiu a margem de homicídios por ajustes de contas", a maior parte deles "consequência das operações do narcotráfico".
Montevidéu - O presidente do Uruguai , José Mujica, se referiu ao projeto de lei que será votado nesta terça-feira no Senado de seu país para legalizar a compra e venda e o cultivo de maconha como uma decisão política que "não é bonita", mas que foi tomada para não "presentear pessoas ao narcotráfico".
Em declarações ao "Channel 4" da televisão uruguaia, o presidente destacou que o país e seus cidadãos não estão "totalmente preparados" para uma decisão destas características, mas pediu uma "oportunidade" para testar a iniciativa.
"Isto é como quando se toma um purgante, é tomar medidas que não são bonitas, mas não queremos deixar essa gente de presente para o narcotráfico", ressaltou Mujica.
Para o presidente, "existe muita dúvida e a dúvida é legítima", mas isto não "pode paralisar o ensaio de novos caminhos perante um problema que nos mantêm paralisados".
Segundo Mujica, quando a norma for aprovada, o que é tido como certo pelo partido governista Frente Ampla, impulsor da medida e que conta com maioria no Senado, o processo será "gradual" e o governo será "muito observador da realidade", sem fomentar o consumo de maconha.
"Quem diz que o tabaco é bom? E, mesmo assim, as pessoas fumam", refletiu o veterano presidente de 78 anos.
De acordo com o presidente, no mês passado no Uruguai "subiu a margem de homicídios por ajustes de contas", a maior parte deles "consequência das operações do narcotráfico".