Um grupo de turistas observa um prédio na Broadway, sob sol escaldante, em Nova York (Getty Images)
Vanessa Barbosa
Publicado em 21 de maio de 2013 às 14h48.
São Paulo – O tornado que varreu a localidade de Moore, em Oklahoma, nos EUA, está sendo considerado um dos piores e mais violentos que já passaram pelo país. E o futuro reserva surpresas. Furacões e tempestades podem se tornar mais fortes e frequentes em função das mudanças climáticas, de acordo com estudo publicado no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences.
A pesquisa indica que para cada um grau Celsius do aquecimento global, a costa atlântica dos EUA poderia ver a formação de até sete vezes mais furacões do porte de Katrina, o mais caro e destrutivo da história americana. Meteorologistas da Universidade do Estado do Colorado já prevêem que a temporada de furacões de 2013 no Atlântico, que começa em junho, será "acima da média", com 18 tempestades tropicais.
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Além dos ventos violentos, o país corre risco de enfrentar ondas de calor mais mortais nas próximas décadas. Segundo estudo publicado esta semana pela Universidade de Columbia, o aumento das temperaturas e ondas de calor deverão elevar substancialmente o número de mortes relacionadas as condições do tempo em Nova York.
O estudo indica que na década de 2020, haverá um aumento médio de cerca de 20 por cento no número de mortes devido ao calor, contra uma redução média de cerca de 12 por cento no número de mortes devido ao frio. Algumas décadas a frente, o cenário é ainda mais preocupante.
A mortalidade relacionada ao calor deverá subir vertiginosamente entre a década de 2050 e 2080. O pior cenário é projetado para causar mais de 1.000 mortes anuais relacionadas com o calor pelo aumento das temperaturas.
As alta temperaturas são fenômeno cada vez mais frequente no país, com direito a quebra de recordes. No período entre julho de 2011 e junho de 2012, os Estados Unidos tiveram os meses mais quentes de sua história, desde que a medição oficial de temperaturas começou, em 1895.