Mudança climática pode custar à AL US$ 100 bi por ano
Possibilidade ocorre com a região sendo responsável por apenas 11% das emissões de gases estufa do mundo
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2012 às 10h21.
São Paulo - Danos causados por mudanças climáticas podem custar à América Latina e a países do Caribe 100 bilhões de dólares por ano em 2050, caso as temperaturas médias subam 2 graus Celsius frente a níveis pré-industriais, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira.
A região é responsável por apenas 11 por cento das emissões de gases estufa do mundo, mas é considerada particularmente vulnerável ao impacto de mudanças climáticas devido à sua posição geográfica e à dependência de recursos naturais, afirma relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
O banco de desenvolvimento divulgou o estudo dias antes da Rio+20, conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sediada no Brasil sobre desenvolvimento sustentável, marcada para 20 a 22 de junho.
O colapso do bioma de corais no Caribe, o desaparecimento de algumas geleiras nos Andes e algum grau de destruição na bacia Amazônica foram danos climáticos apontados pelo relatório.
A perda líquida de exportações agrícolas na região por conta das mudanças, por exemplo, deve ficar entre 30 bilhões e 52 bilhões de dólares em 2050.
"Perdas dessa magnitude limitarão as opções de desenvolvimento assim como acesso a recursos naturais", afirma o relatório.
Mas o bando ressaltou que o custo de ajudar países a se adaptarem aos efeitos das mudanças climáticas seria pequeno se comparado ao preço dos potenciais danos.
A instituição estima que cerca de 0,2 por cento do Produto Interno Bruto da região, ou cerca de 10 por cento dos custos dos impactos físicos, seriam necessários para apoiar a adaptação frente às mudanças.
Segundo o texto, as emissões de gases estufa da região caíram 11 por cento em relação ao início do século, para 4,7 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em 2010.
Apesar disso, o banco afirma que mais precisa ser feito na região. Os setores de transporte e energia devem aumentar suas participações nas emissões de gases em 50 por cento até 2050, segundo o relatório.
Estes dois setores apenas poderão contribuir com 2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente por ano na região, segundo o estudo. Isso poderá elevar o total de emissões de gases estufas da região para 7 bilhões de toneladas até 2050, ou 9,3 toneladas de carbono per capita.
São Paulo - Danos causados por mudanças climáticas podem custar à América Latina e a países do Caribe 100 bilhões de dólares por ano em 2050, caso as temperaturas médias subam 2 graus Celsius frente a níveis pré-industriais, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira.
A região é responsável por apenas 11 por cento das emissões de gases estufa do mundo, mas é considerada particularmente vulnerável ao impacto de mudanças climáticas devido à sua posição geográfica e à dependência de recursos naturais, afirma relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
O banco de desenvolvimento divulgou o estudo dias antes da Rio+20, conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sediada no Brasil sobre desenvolvimento sustentável, marcada para 20 a 22 de junho.
O colapso do bioma de corais no Caribe, o desaparecimento de algumas geleiras nos Andes e algum grau de destruição na bacia Amazônica foram danos climáticos apontados pelo relatório.
A perda líquida de exportações agrícolas na região por conta das mudanças, por exemplo, deve ficar entre 30 bilhões e 52 bilhões de dólares em 2050.
"Perdas dessa magnitude limitarão as opções de desenvolvimento assim como acesso a recursos naturais", afirma o relatório.
Mas o bando ressaltou que o custo de ajudar países a se adaptarem aos efeitos das mudanças climáticas seria pequeno se comparado ao preço dos potenciais danos.
A instituição estima que cerca de 0,2 por cento do Produto Interno Bruto da região, ou cerca de 10 por cento dos custos dos impactos físicos, seriam necessários para apoiar a adaptação frente às mudanças.
Segundo o texto, as emissões de gases estufa da região caíram 11 por cento em relação ao início do século, para 4,7 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em 2010.
Apesar disso, o banco afirma que mais precisa ser feito na região. Os setores de transporte e energia devem aumentar suas participações nas emissões de gases em 50 por cento até 2050, segundo o relatório.
Estes dois setores apenas poderão contribuir com 2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente por ano na região, segundo o estudo. Isso poderá elevar o total de emissões de gases estufas da região para 7 bilhões de toneladas até 2050, ou 9,3 toneladas de carbono per capita.