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Muçulmana denuncia estupro por trabalhar para partido hindu

Muçulmana denunciou ter sido estuprada por um grupo por trabalhar para o partido hindu Bharatiya Janata Party, no centro da Índia


	Mulher vota durante eleições na Índia: mulher havia sido contratada em uma região muçulmana para a campanha das atuais eleições gerais do país
 (REUTERS/Adnan Abidi)

Mulher vota durante eleições na Índia: mulher havia sido contratada em uma região muçulmana para a campanha das atuais eleições gerais do país (REUTERS/Adnan Abidi)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 09h55.

Nova Deli - Uma mulher muçulmana denunciou ter sido estuprada por um grupo de entre sete e oito homens por trabalhar para o partido hindu Bharatiya Janata Party (BJP), de Narendra Modi, no centro da Índia, informou nesta terça-feira à Agência Efe uma fonte policial.

De acordo com a denúncia da mulher de 55 anos, o grupo de homens a estuprou ontem à noite em sua casa no distrito de Ranchi, no estado de Jharkhand, disse o porta-voz de Polícia da região Anurag Gupta.

O porta-voz ressaltou que o caso está sendo investigado e que, por enquanto, não se esclareceram os fatos.

A mulher havia sido contratada em uma região muçulmana pelo partido político de Modi para a campanha das atuais eleições gerais do país, que começaram em 7 de abril e terminam em 12 de maio, após 10 dias de votação.

O BJP, favorito para as eleições, é uma legenda nacionalista que defende a ideia de uma Índia hindu, por isso é visto com receio pelas minorias religiosas do país asiático, especialmente pelos muçulmanos.

Além disso, seu candidato Narendra Modi gera críticas por supostamente ter tolerado o massacre de mil muçulmanos que perpetraram radicais hindus em 2002 em Gujarat, o pior massacre de motivação religiosa registrado nos últimos anos no gigante asiático.

Várias investigações judiciais absolveram o político.

O estupro coletivo e a morte de uma estudante universitária em Deli em 16 de dezembro de 2012 gerou protestos sem precedentes pela situação da mulher na Índia, o que levou o governo a endurecer as leis contra os agressores sexuais.

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