MP denuncia oito bombeiros no caso de incêndio na Kiss
Ministério Público concordou com quase todo o Inquérito Policial Militar que apurou responsabilidades de membros da corporação
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2013 às 21h34.
Porto Alegre - O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou, nesta segunda-feira, 19, oito bombeiros por falhas relacionadas à tragédia da boate Kiss, concordando com quase todo o Inquérito Policial Militar (IPM) que apurou responsabilidades de integrantes da corporação no incêndio . Nenhum deles foi acusado por ações que resultaram na morte de 242 pessoas na madrugada de 27 de janeiro deste ano ou posteriormente, em hospitais. Todos serão julgados pela Justiça Militar de Santa Maria.
Três responderão por falsidade ideológica e cinco, por inobservância da lei em processos administrativos e na fiscalização da casa noturna.
Entre os denunciados está o ex-comandante dos bombeiros em Santa Maria, tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs, que responderá por falsidade ideológica e prevaricação. Ele não teria visto irregularidade na participação de um subordinado em uma empresa que prestou serviços à boate. O sargento Roberto Flávio da Silveira e Souza, indiciado pelo IPM por falsidade ideológica, não foi denunciado pelo Ministério Público. Já o tenente-coronel Daniel da Silva Adriano, que não foi indiciado ao final da apuração feita pela Brigada Militar, acabou denunciado pelo Ministério Público por falsidade ideológica, assim como o capitão Alex da Rocha Camilo.
Outros cinco bombeiros - os sargentos Renan Severo Berleze e Sérgio Roberto Oliveira de Andrades e os soldados Gilson Martins Dias, Vagner Guimarães Coelho e Marcos Vinícius Lopes Bastide - responderão por inobservância da lei porque não teriam fiscalizado adequadamente a casa noturna e não teriam exigido o treinamento dos funcionários para combate a incêndios.
Depoimentos
Duas testemunhas do incêndio prestaram depoimento à Justiça em Porto Alegre, nesta segunda-feira, 19, na fase de instrução do processo criminal. O jovem Ruan Martins, de 19 anos, que sobreviveu à tragédia, disse que a casa estava superlotada. O então gerente da Kiss, Ricardo Pasche, afirmou que havia espaço para as pessoas se movimentarem dentro da boate.
Os depoimentos foram assistidos por Elissandro Callegaro Spohr, sócio da boate, e Marcelo de Jesus dos Santos, integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no local no momento em que o incêndio começou e que fazia o show pirotécnico que teria gerado a faísca que provocou o incêndio. Os dois ficaram calados. No processo criminal eles respondem por homicídio com dolo eventual, assim como o outro sócio da casa noturna, Mauro Londero Hoffmann, e o produtor do conjunto, Luciano Augusto Bonilha Leão.
Porto Alegre - O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou, nesta segunda-feira, 19, oito bombeiros por falhas relacionadas à tragédia da boate Kiss, concordando com quase todo o Inquérito Policial Militar (IPM) que apurou responsabilidades de integrantes da corporação no incêndio . Nenhum deles foi acusado por ações que resultaram na morte de 242 pessoas na madrugada de 27 de janeiro deste ano ou posteriormente, em hospitais. Todos serão julgados pela Justiça Militar de Santa Maria.
Três responderão por falsidade ideológica e cinco, por inobservância da lei em processos administrativos e na fiscalização da casa noturna.
Entre os denunciados está o ex-comandante dos bombeiros em Santa Maria, tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs, que responderá por falsidade ideológica e prevaricação. Ele não teria visto irregularidade na participação de um subordinado em uma empresa que prestou serviços à boate. O sargento Roberto Flávio da Silveira e Souza, indiciado pelo IPM por falsidade ideológica, não foi denunciado pelo Ministério Público. Já o tenente-coronel Daniel da Silva Adriano, que não foi indiciado ao final da apuração feita pela Brigada Militar, acabou denunciado pelo Ministério Público por falsidade ideológica, assim como o capitão Alex da Rocha Camilo.
Outros cinco bombeiros - os sargentos Renan Severo Berleze e Sérgio Roberto Oliveira de Andrades e os soldados Gilson Martins Dias, Vagner Guimarães Coelho e Marcos Vinícius Lopes Bastide - responderão por inobservância da lei porque não teriam fiscalizado adequadamente a casa noturna e não teriam exigido o treinamento dos funcionários para combate a incêndios.
Depoimentos
Duas testemunhas do incêndio prestaram depoimento à Justiça em Porto Alegre, nesta segunda-feira, 19, na fase de instrução do processo criminal. O jovem Ruan Martins, de 19 anos, que sobreviveu à tragédia, disse que a casa estava superlotada. O então gerente da Kiss, Ricardo Pasche, afirmou que havia espaço para as pessoas se movimentarem dentro da boate.
Os depoimentos foram assistidos por Elissandro Callegaro Spohr, sócio da boate, e Marcelo de Jesus dos Santos, integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no local no momento em que o incêndio começou e que fazia o show pirotécnico que teria gerado a faísca que provocou o incêndio. Os dois ficaram calados. No processo criminal eles respondem por homicídio com dolo eventual, assim como o outro sócio da casa noturna, Mauro Londero Hoffmann, e o produtor do conjunto, Luciano Augusto Bonilha Leão.