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Movimentos sociais se unem em ato contra Belo Monte

Manifestantes vieram se juntar a ativistas do Greenpeace que, desde a madrugada de hoje, estão na porta da Aneel, onde depositaram um monte de esterco

Esterco foi despositado na frente da Aneel por manifestantes do Greenpeace, hoje pela manhã. (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Brasília - Cerca de 200 manifestantes de movimentos sociais chegaram em passeata hoje à frente da sede da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), onde será realizado hoje o leilão da hidrelétrica de Belo Monte caso o governo consiga cassar a liminar da Justiça Federal do Pará, que suspendeu ontem a licitação. Entre os manifestantes estão homens, mulheres e crianças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), da Via Campesina da Assembleia Popular, Conselho Indigenista Missionário (Cimi) entre outros, que vieram se juntar a ativistas do Greenpeace que desde a madrugada de hoje, estão na porta da Aneel, onde depositaram um monte de esterco.

Oficiais de Justiça estão notificando os representantes dos movimentos por obstrução de acesso a prédio público. Segundo o coordenador de políticas públicas do Greenpeace, Nilo D'Ávila, na notificação está prevista uma multa de R$ 20 mil por hora de obstrução. Ele alega, no entanto, que o acesso ao prédio da Aneel continua permitido por uma entrada lateral. Os manifestantes gritam palavras de ordem como: "Um, dois, três, quatro, cinco mil. Ou param Belo Monte, ou paramos o Brasil."

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Limpeza
Um trator começou a retirar nesta manhã o monte de esterco colocado por manifestantes do Greenpeace em frente ao prédio da Aneel. Em cima do monte de esterco, havia manifestantes com faixas com os seguintes dizeres: "Belo Monte, usina de 'M'".

Os manifestantes do Greenpeace, que também estavam acorrentados em frente ao portão principal do prédio da Aneel, se desarticularam e caminharam em direção a uma entrada lateral, por onde está sendo garantido o acesso dos participantes e dos jornalistas que acompanharão o leilão, caso o governo consiga cassar a liminar da Justiça Federal do Pará, que suspendeu ontem a licitação.

De acordo com o capitão Seixas, um dos responsáveis da Polícia Militar (PM) para garantir a segurança do leilão, há 350 homens protegendo a sede da Aneel. Quinze deles se posicionaram em frente à entrada principal do prédio.

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