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Movimentos sociais europeus prometem nova onda de protestos

Movimentos em Portugal, na Espanha, Grécia, no Chipre, na França e Alemanha prometem fazer no dia 1º de junho a maior manifestação contra a austeridade

Manifestantes agitam bandeiras e exibem faixas durante protesto contra a aprovação da lei de reestruturação do setor público em frente ao Parlamento da Grécia, em Atenas (AFP / Louisa Gouliamaki)

Manifestantes agitam bandeiras e exibem faixas durante protesto contra a aprovação da lei de reestruturação do setor público em frente ao Parlamento da Grécia, em Atenas (AFP / Louisa Gouliamaki)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2013 às 09h20.

Lisboa - Movimentos sociais em Portugal, na Espanha, Grécia, no Chipre, na França e Alemanha prometem fazer no dia 1º de junho, um sábado, a maior manifestação contra as políticas de austeridade que afetam diversos países da Europa, especialmente do Sul do continente.

Os protestos terão como alvo os governos nacionais e os credores internacionais, a chamada Troika, formada pelo Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia. Na internet, os movimentos sociais responsabilizam o controle fiscal das despesas públicas, exigido por essas instituições, como a principal razão da crise que causa desemprego em massa na região.

Esta não é a primeira vez, desde o início da crise econômica internacional, que manifestantes tentam mobilizar a população de diversos países da Europa contra a austeridade. Em novembro do ano passado, Portugal e Espanha fizeram um greve geral conjunta no mesmo dia em que houve protestos em mais de 20 países.

De lá para cá, no entanto, a situação econômica se agravou. Portugal se aproxima da marca de 1 milhão de pessoas desempregadas e a Espanha anunciou ter mais de 6 milhões e 200 mil pessoas sem emprego.


Para abrandar a recessão (queda da atividade econômica medida em torno de 3% do Produto Interno Bruto), o governo anunciou, na semana passada, um pacote de medidas com o objetivo de reduzir impostos e aumentar o financiamento do setor industrial, de pequenas e médias empresas, de atividades econômicas com vocação exportadora.

Segundo dados compilados pela site Conhecer a Crise, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, cerca de 30% da capacidade produtiva da indústria de transformação em Portugal estão ociosos - um de cada dez euros que as empresas de diversos setores devem aos bancos está em atraso. Entre as empresas da construção civil, a inadimplência se aproxima de 20% do valor total dos empréstimos tomados.

Apesar dos indicadores econômicos e da mobilização social contra a austeridade, os credores internacionais esperam que Portugal adote cortes permanentes de gastos públicos. Segundo a emissora pública RTP, o Conselho de Ministros volta a se reunir amanhã (30) para discutir as demissões e a redução de salários de funcionários públicos, o aumento na idade de aposentadoria e a extinção de direitos trabalhistas.

Os cortes visam a diminuir o déficit público e o anúncio das medidas é considerado condição para que Portugal receba, no próximo mês, 2 bilhões de euros do empréstimo da Troika e possa ter mais sete anos para iniciar o pagamento da dívida externa. Com informações da Rádio e Televisão de Portugal – RTP.

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