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Moscou pede três anos de prisão para jovens do Pussy Riot

Nadezhda Tolokonnikova, 22 anos, Yekaterina Samutsevich, 29, e Maria Alyokhina, 24, foram acusadas de "vandalismo" e de incitação ao ódio religioso

Integrantes da banda punk Pussy Riot sentam por trás das grades no tribunal de Moscou: as três integrantes do Pussy Riot são julgadas desde julho em Moscou (©AFP / Natalia Kolesnikova)

Integrantes da banda punk Pussy Riot sentam por trás das grades no tribunal de Moscou: as três integrantes do Pussy Riot são julgadas desde julho em Moscou (©AFP / Natalia Kolesnikova)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2012 às 11h47.

Moscou - A promotoria de Moscou pediu nesta terça-feira uma condenação a três anos de prisão para as três jovens que integram o grupo punk Pussy Riot, que são julgadas na capital russa por terem cantado em fevereiro, diante da catedral de Cristo Salvador, uma "oração" contra Vladimir Putin.

Nadezhda Tolokonnikova, 22 anos, Yekaterina Samutsevich, 29, e Maria Alyokhina, 24, foram acusadas de "vandalismo" e de incitação ao ódio religioso, informou o promotor diante do tribunal Jamovnicheski de Moscou.

"O crime é grave e a promotoria considera que sua correção só é possível em condições de isolamento da sociedade. A punição necessária deve ser uma verdadeira privação de sua liberdade", declarou o promotor no tribunal.

Nesta terça-feira, associações de ortodoxos pediram a proibição dos shows na Rússia da cantora Madonna, que na segunda-feira pediu clemência para as três jovens.

A estrela americana, que fará um show nesta terça-feira em Moscou e outro na quarta-feira em São Petersburgo, pediu que o "tribunal demonstre clemência e que estas mulheres sejam libertadas em breve", segundo a imprensa russa.

As três integrantes do Pussy Riot são julgadas desde julho em Moscou.

"Tomar posição a favor das Pussy Riot significa interferir nos assuntos internos de nosso país e pressionar o tribunal", afirmou à agência Interfax o gabinete de imprensa da União de Portadores de Estandartes Ortodoxos, um grupo monárquico.

"É nosso dever solicitar a proibição dos shows: esta cantora burla abertamente as nossas leis, de nossas tradições, de nossa cultura", afirmou Yuri Ageshchev, porta-voz da União de Fraternidades Ortodoxas.

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