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Moscou mente na minha cara sobre Ucrânia, diz Kerry

O secretário de Estado americano acusou os líderes russos de mentirem "na minha cara" sobre o envolvimento de Moscou no conflito na Ucrânia

O chefe da diplomacia americana, John Kerry: ele se recusou, no entanto, a dizer claramente se é favorável a enviar armas dos Estados Unidos para Kiev (Brendan Smialowski/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 23h07.

O secretário de Estado americano, John Kerry , acusou os líderes russos, nesta terça-feira, de mentirem "na minha cara" sobre o envolvimento de Moscou no conflito na Ucrânia e denunciou o que chamou de "propaganda" da Rússia.

O chefe da diplomacia americana se recusou, no entanto, a dizer claramente se é favorável a enviar armas dos Estados Unidos para Kiev para ajudar o Exército ucraniano a combater os rebeldes pró-russos no leste do país.

"A Rússia se engajou em um período notável do mais notável exercício evidente e extensivo de propaganda que eu já vi desde o auge da Guerra Fria", disse Kerry a legisladores americanos.

"Eles têm insistido em seus embustes - mentiras -, como queira chamá-los, sobre suas atividades lá bem na minha cara, na cara de outros, em muitas e diferentes ocasiões", prosseguiu.

Kerry se reuniu várias vezes na Europa com o chanceler russo, Sergei Lavrov, desde que a crise começou, no começo de 2014.

Ao ser perguntado se a Rússia estava mentindo quando negou se havia tropas, ou armas russas na Ucrânia, Kerry respondeu: "sim".

"A Rússia está empenhada em um esforço maciço para influenciar países, recorrer a eles, aproximar-se deles e, fundamental e tragicamente, reavivar um tipo de jogo leste-oeste que pensamos ser perigoso e, francamente, desnecessário", disse Kerry.

Ele insistiu em que Washington está "fazendo um trabalho muito bom ao defender a soberania ucraniana".

A administração Obama está discutindo se aumentará, ou não, seu apoio a Kiev para incluir armas letais.

"Até que o presidente tome sua decisão, eu vou manter minhas consultas privadas e pessoais com ele", afirmou.

Kerry já pediu ao Congresso e à comunidade internacional, porém, que aumente seu apoio econômico à Ucrânia.

"Todos devemos estar preparados para apoiar e estender a mão economicamente à Ucrânia, enquanto reformarem e tentarem implementar seu sonho e sua visão", disse Kerry, ao Comitê de Apropriações do Senado, no começo de dois dias de audiências sobre o orçamento.

"Não é suficiente fazer (o presidente Petro) Poroshenko vir aqui e ter 40 aplausos de pé e, depois, não fazer o que realmente o ajudará a criar a democracia que ele quer criar", acrescentou.

Ministros das Relações Exteriores de França, Alemanha, Rússia e Ucrânia se reuniram em Paris, nesta terça-feira, em uma nova tentativa para salvar o cambaleante plano de paz para o leste da Ucrânia, costurado na capital bielo-russa, Minsk, 12 dias atrás.

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O chefe da diplomacia americana se recusou, no entanto, a dizer claramente se é favorável a enviar armas dos Estados Unidos para Kiev para ajudar o Exército ucraniano a combater os rebeldes pró-russos no leste do país.

"A Rússia se engajou em um período notável do mais notável exercício evidente e extensivo de propaganda que eu já vi desde o auge da Guerra Fria", disse Kerry a legisladores americanos.

"Eles têm insistido em seus embustes - mentiras -, como queira chamá-los, sobre suas atividades lá bem na minha cara, na cara de outros, em muitas e diferentes ocasiões", prosseguiu.

Kerry se reuniu várias vezes na Europa com o chanceler russo, Sergei Lavrov, desde que a crise começou, no começo de 2014.

Ao ser perguntado se a Rússia estava mentindo quando negou se havia tropas, ou armas russas na Ucrânia, Kerry respondeu: "sim".

"A Rússia está empenhada em um esforço maciço para influenciar países, recorrer a eles, aproximar-se deles e, fundamental e tragicamente, reavivar um tipo de jogo leste-oeste que pensamos ser perigoso e, francamente, desnecessário", disse Kerry.

Ele insistiu em que Washington está "fazendo um trabalho muito bom ao defender a soberania ucraniana".

A administração Obama está discutindo se aumentará, ou não, seu apoio a Kiev para incluir armas letais.

"Até que o presidente tome sua decisão, eu vou manter minhas consultas privadas e pessoais com ele", afirmou.

Kerry já pediu ao Congresso e à comunidade internacional, porém, que aumente seu apoio econômico à Ucrânia.

"Todos devemos estar preparados para apoiar e estender a mão economicamente à Ucrânia, enquanto reformarem e tentarem implementar seu sonho e sua visão", disse Kerry, ao Comitê de Apropriações do Senado, no começo de dois dias de audiências sobre o orçamento.

"Não é suficiente fazer (o presidente Petro) Poroshenko vir aqui e ter 40 aplausos de pé e, depois, não fazer o que realmente o ajudará a criar a democracia que ele quer criar", acrescentou.

Ministros das Relações Exteriores de França, Alemanha, Rússia e Ucrânia se reuniram em Paris, nesta terça-feira, em uma nova tentativa para salvar o cambaleante plano de paz para o leste da Ucrânia, costurado na capital bielo-russa, Minsk, 12 dias atrás.

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