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Mortes por overdose duplicaram nos Estados Unidos, alerta ONU

Apenas em 2014, mais de 47 mil mortes ocorreram por essa causa

Drogas: 28 mil foram causadas pelo consumo de opioides, incluídos heroína e analgésicos (Getty Images)
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EFE

Publicado em 2 de março de 2017 às 10h58.

Viena - Nos Estados Unidos quase duplicou o número de mortes por overdose de droga entre 2013 e 2014, quando neste último ano ocorreram mais de 47 mil falecimentos por essa causa, alertou a ONU em um relatório divulgado nesta quinta-feira em Viena.

"Em 2014 ocorreram mais de 47 mil mortes por overdose", das quais 28 mil foram causadas pelo consumo de opioides, incluídos heroína e analgésicos de venda com receita como oxicodona", indica a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife) em seu Relatório 2016.

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A Jife é um órgão da ONU encarregado de zelar pelo cumprimento dos tratados internacionais sobre drogas.

"A Junta faz notar, com grande preocupação, o enorme problema do uso indevido de opioides, remédios de venda com receita e heroína que segue afetando os Estados Unidos, onde a cada ano há dezenas de milhares de vítimas".

As 18 mil mortes em 2014 por overdose com analgésicos opioides -para os quais é preciso receita médica- é superior às mortes relacionadas com a heroína, que foram mais de 10 mil, destaca o documento.

A Jipe apontou que as mortes por overdose de fentanil, um opioide usado como anestésico, e substâncias similares análogas aumentaram 79% de 2013 a 2014.

A Administração para o Controle de Drogas dos EUA (DEA, por sua sigla em inglês) emitiu em 2015 um alerta nacional pelo qual declarava o fentanil "uma ameaça para a saúde e a segurança públicas", lembra.

O documento acrescenta que a maioria dos estados dos EUA já estabeleceram programas de vigilância dos remédios com receita e que 14 estados contam com leis pelas quais os médicos estão obrigados a receber capacitação sobre a correta prescrição de opioides.

Por outro lado, a Jife volta a solicitar ao governo federal dos EUA que cumpra, em todo seu território, com os tratados internacionais que não permitem o consumo de cannabis com fins recreativos.

O documento faz referência assim à legalização da venda de maconha nos estados do Alasca, Colorado, Oregon e Washington.

"Os dados recentes dos estados que legalizaram a cannabis para fins não médicos mostram um aumento do consumo de cannabis", sustentam os especialistas.

Também lembra que em 8 de novembro de 2016, os eleitores da Califórnia, Maine, Massachusetts e Nevada também votaram a favor de legalizar a cannabis com fins recreativos.

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