Mulher joga arroz em caixão, na Síria: das 150.344 pessoas que morreram no conflito, maioria era de civis, incluindo 7.985 crianças e 5.266 mulheres, disse observatório (REUTERS/Hosam Katan)
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2014 às 17h08.
Beirute - O número de mortes no conflito na Síria, que já dura três anos, superou 150 mil pessoas, disse o grupo ativista Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres.
O observatório ressaltou ter documentado 150.344 mortes no embate, que começou em março de 2011. A contagem tem como base informações recebidas pelo grupo de uma rede de informantes dentro da Síria.
Em janeiro, a Organização das Nações Unidas (ONU) disse ter parado de atualizar a contagem de mortes na Síria porque não conseguia mais verificar as fontes de informação. O último levantamento, do fim de julho, totalizava pelo menos 100 mil mortos no conflito.
Das 150.344 pessoas que morreram no conflito, a maioria - ou 75.487 - era de civis, incluindo 7.985 crianças e 5.266 mulheres, disse o observatório.
Entre os mortos, também estavam 26.561 combatentes rebeldes, 35.601 soldados sírios, 22.879 combatentes de milícias leais ao presidente Bashar Assad e 11.220 combatentes estrangeiros que lutavam ao lado da oposição.
Nesta terça-feira, confrontos entre o governo e rebeldes se concentraram em vários subúrbios da capital, Damasco, controlados pela oposição e na província de Aleppo, no norte do país, onde os rebeldes conseguiram conquistar áreas extensas e distritos inteiros da cidade de Aleppo.
Os rebeldes capturaram esses pontos em uma ofensiva em 2012. O grupo também relatou embates na província de Daraa, no sul do país, local onde começou o levante.
A agência de notícias oficial da Síria, Sana, disse que os terroristas, termo que usa para descrever os rebeldes, dispararam morteiros contra um distrito controlado pelo governo em Aleppo, matando cinco pessoas e ferindo outras 26.
Ainda conforme a Sana, uma pessoa morreu e duas outras ficaram feridas em ataques separados com morteiros nos distritos de Zablatani e Abassyeen da capital. Fonte: Associated Press.