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Morte de Bin Laden pode mudar política dos EUA no Afeganistão, diz senador

Político acredita que o assassinato do líder da Al Qaeda pode impulsionar a retirada de tropas americanas no país

Kerry: "A morte de Bin Laden oferece uma oportunidade de mudança para ganhar velocidade rumo a uma solução política no Afeganistão" (Brendan Smialowski/Getty Images)

Kerry: "A morte de Bin Laden oferece uma oportunidade de mudança para ganhar velocidade rumo a uma solução política no Afeganistão" (Brendan Smialowski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2011 às 06h46.

Washington - A morte do terrorista Osama bin Laden representa uma "oportunidade para mudança" da política dos Estados Unidos no Afeganistão, que poderá permitir a retirada das tropas aliadas do país asiático, afirmou nesta terça-feira o senador democrata John Kerry, que viajará à região nos próximos dias.

"A morte de Bin Laden (...) oferece uma oportunidade de mudança para ganhar velocidade rumo a uma solução política no Afeganistão que contribua para uma maior estabilidade na região e permita, em última instância, a retirada das tropas aliadas", explicou o senador democrata.

Presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Kerry fez essas declarações em uma audiência realizada nesta terça-feira no Congresso americano sobre Afeganistão e Paquistão.

No entanto, ele descartou "uma retirada unilateral e precipitada do Afeganistão", mas ressaltou: "Devemos trabalhar para o objetivo de causar o menor impacto possível e deixar os afegãos a cargo da segurança".

Pouco depois da audiência, funcionários do Governo dos EUA informaram que, quem quer que fosse o candidato democrata à Presidência em 2004, viajaria nos "próximos dias" ao Paquistão e Afeganistão.

Trata-se da primeira visita de um congressista dos EUA à região após a operação militar americana que matou há dez dias o chefe da Al Qaeda, em uma residência na localidade paquistanesa de Abbottabad.

A coalizão internacional liderada pelos EUA conta atualmente com cerca de 140 mil soldados no Afeganistão, dos quais dois terços são americanos, e prometeu uma retirada das forças de combate até 2014.

"É fundamentalmente insustentável continuar gastando US$ 10 bilhões por mês em uma operação militar em massa sem final à vista", destacou Kerry.

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