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Morte de Bin Laden é catarse para geração do 11/9

Estudantes que eram crianças na época dos atentados foram os primeiros a irem para as ruas comemorar a morte de BIn Laden

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2011 às 19h36.

Lon Angeles - A morte de Bin Laden foi saudada pelos americanos como um momento de catarse na luta contra o terrorismo, principalmente para a chamada "Geração 11 de setembro", formada por pessoas que eram muito jovens quando as Torres Gêmeas desabaram nos ataques da Al-Qaeda.

As gerações anteriores sempre viveram sob as ameaças das guerras nucleares na Guerra Fria, mas aqueles que ainda estavam na escola em setembro de 2001 cresceram assombradas pelo fantasma da Al-Qaeda.

Quando a morte de Bin Laden foi anunciada no final de domingo, ficou evidente o número de estudantes que estavam entre as pessoas que correram até a Casa Branca aos gritos "USA! USA!" e pulando de alegria.

"A morte de Bin Laden criou uma agitação imediata, diferente de todas as coisas que já vi", declarou Ryan Eshoff, 20 anos, ao jornal da Universidade da Califórnia (UCLA).

Shawn Summers, estudante da Universidade de Georgetown, Washington, afirmou, por sua parte, que finalmente pode descansar da ameaça de Bin Laden. "Um fantasma que estava assombrando nossas vidas desde as minhas memórias mais antigas", explicou.

"O 11 de setembro era uma nuvem ameaçadora sobre nós... Por algumas poucas horas na noite de domingo, pelo menos para mim, foi como se os Seals (equipe especial da marinha) tivessem atirado e matado não só o Bin Laden, mas todas as dúvidas sobre nossa nação estagnada", desabafou ainda.

"Apenas por uma noite, a morte de Bin Laden foi claramente uma vitória. A vitória que faltava nesta época de guerra contra rebeliões irregulares e terrorismo, além de uma economia que ninguém sabe como consertar", acrescentou.

Enquanto gerações mais velhas podem se lembrar de épocas que não precisavam tirar os sapatos e cintos para pegar um avião, além do risco de ter artigos de higiene e canivetes confiscados, para os mais jovens nunca houve outro tipo de realidade.

O cadete William Walker, que tinha apenas 12 anos no dia do atentado contra as Torres Gêmeas, concorda que a morte de Bin Laden foi um momento decisivo para as pessoas de sua idade.

"Por 10 anos da minha vida, este homem foi realmente o símbolo do mal. Ele foi o mentor responsável pelo assassinato de civis inocentes em solo americano" disse à CNN.

A geração dos vinte e poucos anos também defende a explosão de alegria e patriotismo que foram expressos depois da morte de Osama bin Laden. Críticos dizem que celebrar a morte de qualquer pessoa é errado e acham que os gritos de "USA! USA!" são de mau gosto.

Entretanto, no jornal estudantil de Harvard, The Crimson, a estudante Alexandra Petri compara Bin Laden com o Senhor das Trevas da saga de Harry Potter.

"Osama é o nosso Voldemort. Ele é o nosso imperador Palpatine. Ele é a imagem do Mal, de quando nós ainda éramos jovens demais para perceber que o mal não tem rosto", escreveu.

Mesmo comemorando a notícia da morte de Bin Laden, a geração do 11/9 tem poucas ilusões de que a ameaça de terrorismo diminua. Na verdade, os níveis de alerta estão altos pelo medo de represálias.

"Diariamente estamos vigilantes... Treinamos com frequência para diferentes situações de alerta e estamos bem equipados", afirma o porta-voz da polícia interna da UCLA, Nancy Greenstein, tentando tranquilizar os estudantes.

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Lon Angeles - A morte de Bin Laden foi saudada pelos americanos como um momento de catarse na luta contra o terrorismo, principalmente para a chamada "Geração 11 de setembro", formada por pessoas que eram muito jovens quando as Torres Gêmeas desabaram nos ataques da Al-Qaeda.

As gerações anteriores sempre viveram sob as ameaças das guerras nucleares na Guerra Fria, mas aqueles que ainda estavam na escola em setembro de 2001 cresceram assombradas pelo fantasma da Al-Qaeda.

Quando a morte de Bin Laden foi anunciada no final de domingo, ficou evidente o número de estudantes que estavam entre as pessoas que correram até a Casa Branca aos gritos "USA! USA!" e pulando de alegria.

"A morte de Bin Laden criou uma agitação imediata, diferente de todas as coisas que já vi", declarou Ryan Eshoff, 20 anos, ao jornal da Universidade da Califórnia (UCLA).

Shawn Summers, estudante da Universidade de Georgetown, Washington, afirmou, por sua parte, que finalmente pode descansar da ameaça de Bin Laden. "Um fantasma que estava assombrando nossas vidas desde as minhas memórias mais antigas", explicou.

"O 11 de setembro era uma nuvem ameaçadora sobre nós... Por algumas poucas horas na noite de domingo, pelo menos para mim, foi como se os Seals (equipe especial da marinha) tivessem atirado e matado não só o Bin Laden, mas todas as dúvidas sobre nossa nação estagnada", desabafou ainda.

"Apenas por uma noite, a morte de Bin Laden foi claramente uma vitória. A vitória que faltava nesta época de guerra contra rebeliões irregulares e terrorismo, além de uma economia que ninguém sabe como consertar", acrescentou.

Enquanto gerações mais velhas podem se lembrar de épocas que não precisavam tirar os sapatos e cintos para pegar um avião, além do risco de ter artigos de higiene e canivetes confiscados, para os mais jovens nunca houve outro tipo de realidade.

O cadete William Walker, que tinha apenas 12 anos no dia do atentado contra as Torres Gêmeas, concorda que a morte de Bin Laden foi um momento decisivo para as pessoas de sua idade.

"Por 10 anos da minha vida, este homem foi realmente o símbolo do mal. Ele foi o mentor responsável pelo assassinato de civis inocentes em solo americano" disse à CNN.

A geração dos vinte e poucos anos também defende a explosão de alegria e patriotismo que foram expressos depois da morte de Osama bin Laden. Críticos dizem que celebrar a morte de qualquer pessoa é errado e acham que os gritos de "USA! USA!" são de mau gosto.

Entretanto, no jornal estudantil de Harvard, The Crimson, a estudante Alexandra Petri compara Bin Laden com o Senhor das Trevas da saga de Harry Potter.

"Osama é o nosso Voldemort. Ele é o nosso imperador Palpatine. Ele é a imagem do Mal, de quando nós ainda éramos jovens demais para perceber que o mal não tem rosto", escreveu.

Mesmo comemorando a notícia da morte de Bin Laden, a geração do 11/9 tem poucas ilusões de que a ameaça de terrorismo diminua. Na verdade, os níveis de alerta estão altos pelo medo de represálias.

"Diariamente estamos vigilantes... Treinamos com frequência para diferentes situações de alerta e estamos bem equipados", afirma o porta-voz da polícia interna da UCLA, Nancy Greenstein, tentando tranquilizar os estudantes.

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