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Morre presidente do primeiro Parlamento eleito democraticamente na África do Sul

“Perdemos outra grande figura de uma geração especial de dirigentes, a quem devemos nossa liberdade e nosso compromisso de continuar construindo a África do Sul", disse o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa

África do Sul: Ginwala foi nomeada presidente da Assembleia Nacional em 1994 (AFP/AFP Photo)

África do Sul: Ginwala foi nomeada presidente da Assembleia Nacional em 1994 (AFP/AFP Photo)

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AFP

Publicado em 13 de janeiro de 2023 às 14h37.

A ativista contra o Apartheid Frene Ginwala, que foi presidente da primeira Assembleia Nacional democraticamente eleita na África do Sul e a primeira mulher a ocupar este cargo, morreu aos 90 anos — anunciou a Presidência sul-africana nesta sexta-feira, 13.

Ela morreu em sua casa na noite de quinta-feira, em consequência de um derrame sofrido duas semanas antes.

"Hoje lamentamos a morte de uma patriota formidável", disse o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, em um comunicado.

“Perdemos outra grande figura de uma geração especial de dirigentes, a quem devemos nossa liberdade e a quem devemos nosso compromisso de continuar construindo a África do Sul, pela qual dedicaram tudo”, acrescentou.

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Nascida em Joanesburgo, em uma família da comunidade indiana do país, estudou direito no Reino Unido. Na década de 1970, tornou-se uma figura de destaque na imprensa internacional e viajou pelo mundo para lutar contra o Apartheid, chamando a atenção para as violações dos direitos humanos em seu país.

“Ela expôs à comunidade internacional os crimes do regime repressivo", destacou o porta-voz do Parlamento, Moloto Mothapo.

Ginwala foi nomeada presidente da Assembleia Nacional em 1994, em paralelo à nomeação de Nelson Mandela como presidente, no final do regime do Apartheid. Ocupou o cargo até 2014.

"Muitos dos direitos e benefícios materiais usufruídos pelos sul-africanos hoje têm sua origem no programa legislativo do primeiro Parlamento democrático sob a liderança de Frene Ginwala", enfatizou o presidente Ramaphosa.

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