Morre no Chile Manuel Contreras, braço direito de Pinochet
Ex-chefe da polícia secreta do ditador chileno e idealizador da Operação Condor tratava há anos um câncer no cólon
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2015 às 09h11.
Santiago do Chile - O general Manuel Contreras, o principal repressor da ditadura de Augusto Pinochet, condenado a mais de 500 anos de prisão, morreu nesta sexta-feira no Hospital Militar de Santiago do Chile , informaram fontes oficiais.
O estado do militar de 86 anos e ex-chefe da temível Direção de Inteligência Nacional (Dina), a polícia secreta de Augusto Pinochet, tinha se agravado nas últimas semanas, quando suspenderam todos os tratamentos e só recebia paliativos para a dor, segundo as fontes.
Contreras padecia há anos de um câncer de cólon, de hipertensão e de diabetes que tinham afetado seus rins, razão pela qual fazia diálise três vezes por semana.
Idealizador da Operação Colombo e da Operação Condor, que envolveram nos anos 70 e 80 as ditaduras militares da região em operações coordenadas para eliminar opositores, Contreras estava condenado a mais de 500 anos de prisão em 58 sentenças definitivas e tinha outros 56 julgamentos abertos.
Nesta quinta-feira, o presidente do Partido Comunista do Chile, deputado Guillermo Teillier, tinha pedido ao ministro da Defesa, José Antonio Gómez, a degradação do general Manuel Contreras antes que morresse.
Teillier enviou um ofício a Gómez para consultar as razões do por que "Contreras não tinha sido degradado".
Em sua carta, o presidente dos comunistas chilenos destacava que Contreras mantinha sua qualidade de general da República, apesar de o artigo 222 do Código de Justiça Militar estipular que "a pena de morte e as de presídio e reclusão perpétuas leva consigo a degradação".
Teillier lembrou que Contreras soma duas cadeias perpétuas, uma pelo assassinato da família do general Carlos Prats, e outra por 19 sequestros e um assassinato ocorridos na Vila Grimaldi, em Santiago.
Nesta mesma linha, a advogada de direitos humanos Carmen Hertz, lamentou esta noite, em declarações ao "Canal 13", que o militar tenha morrido com a distinção de general, "o que é uma vergonha para o exército chileno".
Os familiares de Contreras disseram aos jornalistas que seu funeral será privado.
Santiago do Chile - O general Manuel Contreras, o principal repressor da ditadura de Augusto Pinochet, condenado a mais de 500 anos de prisão, morreu nesta sexta-feira no Hospital Militar de Santiago do Chile , informaram fontes oficiais.
O estado do militar de 86 anos e ex-chefe da temível Direção de Inteligência Nacional (Dina), a polícia secreta de Augusto Pinochet, tinha se agravado nas últimas semanas, quando suspenderam todos os tratamentos e só recebia paliativos para a dor, segundo as fontes.
Contreras padecia há anos de um câncer de cólon, de hipertensão e de diabetes que tinham afetado seus rins, razão pela qual fazia diálise três vezes por semana.
Idealizador da Operação Colombo e da Operação Condor, que envolveram nos anos 70 e 80 as ditaduras militares da região em operações coordenadas para eliminar opositores, Contreras estava condenado a mais de 500 anos de prisão em 58 sentenças definitivas e tinha outros 56 julgamentos abertos.
Nesta quinta-feira, o presidente do Partido Comunista do Chile, deputado Guillermo Teillier, tinha pedido ao ministro da Defesa, José Antonio Gómez, a degradação do general Manuel Contreras antes que morresse.
Teillier enviou um ofício a Gómez para consultar as razões do por que "Contreras não tinha sido degradado".
Em sua carta, o presidente dos comunistas chilenos destacava que Contreras mantinha sua qualidade de general da República, apesar de o artigo 222 do Código de Justiça Militar estipular que "a pena de morte e as de presídio e reclusão perpétuas leva consigo a degradação".
Teillier lembrou que Contreras soma duas cadeias perpétuas, uma pelo assassinato da família do general Carlos Prats, e outra por 19 sequestros e um assassinato ocorridos na Vila Grimaldi, em Santiago.
Nesta mesma linha, a advogada de direitos humanos Carmen Hertz, lamentou esta noite, em declarações ao "Canal 13", que o militar tenha morrido com a distinção de general, "o que é uma vergonha para o exército chileno".
Os familiares de Contreras disseram aos jornalistas que seu funeral será privado.