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Morre no Chile Manuel Contreras, braço direito de Pinochet

Ex-chefe da polícia secreta do ditador chileno e idealizador da Operação Condor tratava há anos um câncer no cólon

Manuel Contreras, general aposentado e ex-chefe da polícia secreta de Augusto Pinochet, em sua casa, em Santiago, durante entrevista em 2004 (REUTERS)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2015 às 09h11.

Santiago do Chile - O general Manuel Contreras, o principal repressor da ditadura de Augusto Pinochet, condenado a mais de 500 anos de prisão, morreu nesta sexta-feira no Hospital Militar de Santiago do Chile , informaram fontes oficiais.

O estado do militar de 86 anos e ex-chefe da temível Direção de Inteligência Nacional (Dina), a polícia secreta de Augusto Pinochet, tinha se agravado nas últimas semanas, quando suspenderam todos os tratamentos e só recebia paliativos para a dor, segundo as fontes.

Contreras padecia há anos de um câncer de cólon, de hipertensão e de diabetes que tinham afetado seus rins, razão pela qual fazia diálise três vezes por semana.

Idealizador da Operação Colombo e da Operação Condor, que envolveram nos anos 70 e 80 as ditaduras militares da região em operações coordenadas para eliminar opositores, Contreras estava condenado a mais de 500 anos de prisão em 58 sentenças definitivas e tinha outros 56 julgamentos abertos.

Nesta quinta-feira, o presidente do Partido Comunista do Chile, deputado Guillermo Teillier, tinha pedido ao ministro da Defesa, José Antonio Gómez, a degradação do general Manuel Contreras antes que morresse.

Teillier enviou um ofício a Gómez para consultar as razões do por que "Contreras não tinha sido degradado".

Em sua carta, o presidente dos comunistas chilenos destacava que Contreras mantinha sua qualidade de general da República, apesar de o artigo 222 do Código de Justiça Militar estipular que "a pena de morte e as de presídio e reclusão perpétuas leva consigo a degradação".

Teillier lembrou que Contreras soma duas cadeias perpétuas, uma pelo assassinato da família do general Carlos Prats, e outra por 19 sequestros e um assassinato ocorridos na Vila Grimaldi, em Santiago.

Nesta mesma linha, a advogada de direitos humanos Carmen Hertz, lamentou esta noite, em declarações ao "Canal 13", que o militar tenha morrido com a distinção de general, "o que é uma vergonha para o exército chileno".

Os familiares de Contreras disseram aos jornalistas que seu funeral será privado.

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Santiago do Chile - O general Manuel Contreras, o principal repressor da ditadura de Augusto Pinochet, condenado a mais de 500 anos de prisão, morreu nesta sexta-feira no Hospital Militar de Santiago do Chile , informaram fontes oficiais.

O estado do militar de 86 anos e ex-chefe da temível Direção de Inteligência Nacional (Dina), a polícia secreta de Augusto Pinochet, tinha se agravado nas últimas semanas, quando suspenderam todos os tratamentos e só recebia paliativos para a dor, segundo as fontes.

Contreras padecia há anos de um câncer de cólon, de hipertensão e de diabetes que tinham afetado seus rins, razão pela qual fazia diálise três vezes por semana.

Idealizador da Operação Colombo e da Operação Condor, que envolveram nos anos 70 e 80 as ditaduras militares da região em operações coordenadas para eliminar opositores, Contreras estava condenado a mais de 500 anos de prisão em 58 sentenças definitivas e tinha outros 56 julgamentos abertos.

Nesta quinta-feira, o presidente do Partido Comunista do Chile, deputado Guillermo Teillier, tinha pedido ao ministro da Defesa, José Antonio Gómez, a degradação do general Manuel Contreras antes que morresse.

Teillier enviou um ofício a Gómez para consultar as razões do por que "Contreras não tinha sido degradado".

Em sua carta, o presidente dos comunistas chilenos destacava que Contreras mantinha sua qualidade de general da República, apesar de o artigo 222 do Código de Justiça Militar estipular que "a pena de morte e as de presídio e reclusão perpétuas leva consigo a degradação".

Teillier lembrou que Contreras soma duas cadeias perpétuas, uma pelo assassinato da família do general Carlos Prats, e outra por 19 sequestros e um assassinato ocorridos na Vila Grimaldi, em Santiago.

Nesta mesma linha, a advogada de direitos humanos Carmen Hertz, lamentou esta noite, em declarações ao "Canal 13", que o militar tenha morrido com a distinção de general, "o que é uma vergonha para o exército chileno".

Os familiares de Contreras disseram aos jornalistas que seu funeral será privado.

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