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Morcego pode ter sido o causador da epidemia de ebola

Segundo revista científica, a epidemia de ebola na África pode ter sido causada por um mocego do tipo "Mops condylurus"


	Morcego: animal pode ter sido portador do vírus desde antes que explodisse a epidemia, dizem cientistas
 (Bruno Manunza/AFP)

Morcego: animal pode ter sido portador do vírus desde antes que explodisse a epidemia, dizem cientistas (Bruno Manunza/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2014 às 14h50.

Berlim - A desencadeante epidemia de ebola na África foi provavelmente causada por um mocego do tipo "Mops condylurus", segundo uma investigação realizada pelo Instituto Roberto Koch, da Alemanha, publicada pela revista científica "Embo Molecular Medicine".

De acordo com esse estudo, elaborado por uma equipe internacional dirigida pelo alemão Fabian Leendertz, o primeiro caso detectado de um paciente com o vírus foi uma criança, na aldeia guineana de Meliandou, em dezembro de 2013.

As crianças deste lugar brincaram com morcegos desse tipo escondidos no tronco de uma árvore, segundo descobriu a equipe, por isso que se deduz que este poderia ter sido o transmissor da doença.

A equipe científica se deslocou em abril de 2014 para regiões fronteiriças entre Guiné, Libéria e Serra Leoa com a intenção de investigar a origem da epidemia.

Os pesquisadores acharam entre os restos queimados de uma árvore marcas genéticas do morcego, portador do vírus desde antes que explodisse a epidemia.

Esta espécie animal é capaz de sobreviver ao vírus e, além disso, em restos de outros morcegos foram encontrados anticorpos do ebola.

Os cientistas colheram informações entre a população, até chegar a localizar o lugar onde aparentemente o primeiro paciente foi infectado e, finalmente, os restos da árvore onde brincavam ou queimavam esses animais.

O número de pessoas infectadas pelo vírus do ebola se situa já em 20.081, dos quais 7.842 morreram, segundo os últimos recontos da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O país com mais casos é Serra Leoa, com 9.409 contágios e 2.732 falecimentos, seguido pela Libéria, com 7.977 infecções e 3.413 mortes, enquanto na Guiné se registraram 2.695 casos e 1.697 falecimentos. 

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