A previsão para a entrada em operação de Angra 3 foi adiada de 2016 para 2018. O atraso deverá elevar o investimento necessário, segundo Guimarães (INFO)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2013 às 16h49.
Rio - A montagem eletromecânica da usina termonuclear Angra 3, em Angra dos Reis, no litoral sul do Rio, precisa começar em janeiro de 2014 para que se cumpra a previsão de início de operações, atualmente estabelecido para maio de 2018.
A estimativa é do assistente da Presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães. O executivo informou ainda que o orçamento total de construção da usina pode ultrapassar a projeção atual, de R$ 13 bilhões.
"Se tiver atraso, vai complicar", afirmou Guimarães, pouco antes de dar palestra nesta terça-feira, 30, em seminário sobre energia elétrica, promovido pela Apimec Rio.
A licitação para seleção do consórcio responsável pela montagem eletromecânica da usina corre risco de atrasos, porque está paralisada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O tribunal considerou o valor da licitação, de R$ 2 bilhões, muito elevado.
A previsão para a entrada em operação de Angra 3 foi adiada de 2016 para 2018. O atraso deverá elevar o investimento necessário, segundo Guimarães. Uma nova estimativa deverá ser anunciada até o fim do ano e, embora possa não ser muito grande, sofrerá o peso da inflação.
"O IPCA é cruel", disse Guimarães, referindo-se ao índice de inflação medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado pelo governo para balizar as metas.