O presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2015 às 16h27.
Cairo - O ex-presidente egípcio Mohamed Mursi irá apelar contra uma condenação por violência, sequestro e tortura emitida por um tribunal em razão da morte de manifestantes, disseram seus advogados, segundo a mídia estatal, nesta quinta-feira.
Em abril, Mursi e 12 outros membros da Irmandade Muçulmana, incluindo os veteranos Mohamed el-Beltagy e Essam el-Erian, foram sentenciados a 20 anos de prisão sem possibilidade de condicional.
Dois outros membros foram condenados a 10 anos de prisão sem condicional.
Mursi, primeiro presidente eleito do Egito, foi deposto pelo Exército em 2013 após protestos em massa contra seu governo. Desde então ele recebeu várias outras acusações.
O Egito, país árabe mais populoso do mundo, tem reprimido os islâmicos. Centenas foram mortos e milhares foram presos desde a queda de Mursi.
Os advogados de defesa de Mursi pediram à Suprema Corte, mais alta instância civil do país, que anule as penas de prisão e ordene um novo julgamento para todos os réus perante outro tribunal criminal, afirmou a agência estatal de notícias Mena.
As condenações por violência, sequestro e tortura são resultantes do assassinato de manifestantes durante os protestos de 2012.