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Moçambique apoia entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU

Os dois países também defenderam a necessidade de mudar a estrutura do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que ainda segue o modelo após a 2ª Guerra Mundial

Dilma Rousseff ao lado do presidente e da primeira-dama de Moçambique: os dois presidentes também defenderam a necessidade de buscar o desenvolvimento sustentável (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma Rousseff ao lado do presidente e da primeira-dama de Moçambique: os dois presidentes também defenderam a necessidade de buscar o desenvolvimento sustentável (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2011 às 13h47.

Brasília – Pela primeira vez, o governo do presidente de Moçambique, Armando Emílio Guebuza, manifestou-se publicamente sobre a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e o ingresso do Brasil como membro permanente do órgão. A manifestação ocorreu hoje (19) durante o anúncio do comunicado conjunto da presidente Dilma Rousseff e Guebuza, em Maputo, em Moçambique.

“O presidente Armando Guebuza reiterou o apoio de Moçambique para que o Brasil seja membro permanente do Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas]”, diz o comunicado conjunto.

Antes, os presidentes defenderam a necessidade de mudar a estrutura do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que ainda segue o modelo após a 2ª Guerra Mundial. O órgão é formado por 15 membros. Atualmente fazem parte do conselho China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Os assentos rotativos são ocupados por Bósnia e Herzegovina, Alemanha, Portugal, Brasil, Índia, África do Sul, Colômbia, Líbano, Gabão e Nigéria.

“[Os presidentes] defenderam a necessidade de uma reforma urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, inclusive por meio da expansão nas categorias permanente e não permanente, com maior participação de países em desenvolvimento em ambas as categorias, tendo em conta a nova realidade internacional que exige soluções mais democráticas e multilaterais sobre as questões contemporâneas”, diz o texto.

Na conversa, Dilma e Guebuza ratificaram a defesa da criação do Estado da Palestina, como pediu o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, na 66ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, no mês passado. Para Brasil e Moçambique, a Palestina deve integrar as Nações Unidas como membro pleno.

“Moçambique e Brasil apoiam a entrada da Palestina como membro de pleno direito da Organização das Nações Unidas e exortam as partes envolvidas a retomarem as negociações diretas, com vistas à construção de um Estado palestino soberano, democrático e economicamente viável, garantida a segurança do Estado de Israel”, diz o comunicado conjunto.

Os dois presidentes também defenderam a necessidade de buscar o desenvolvimento econômico sustentável por meio da erradicação da pobreza e do desenvolvimento social. O assunto, segundo o comunicado, comandará as discussões da Conferência Rio+20, que ocorrerá de 28 de maio a 6 de junho de 2012, no Rio de Janeiro. O comunicado incluiu 33 itens.

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