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Míssil deixa 6 mortos em protesto contra a ONU em Benghazi

Seis civis morreram e 25 ficaram feridos com o impacto de um míssil sobre um grupo de manifestantes que protestavam na cidade de Benghazi


	Fumaça é vista após violentos combates próximos do porto no leste de Benghazi, na Líbia
 (Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

Fumaça é vista após violentos combates próximos do porto no leste de Benghazi, na Líbia (Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2015 às 17h10.

Trípoli - Seis civis morreram e 25 ficaram feridos nesta sexta-feira com o impacto de um míssil sobre um grupo de manifestantes que protestavam na cidade de Benghazi contra o governo de união nacional líbio imposto pela ONU, informaram fontes médicas.

Segundo relatos, o míssil atingiu os arredores da praça Al Kish no momento em que cerca de duas mil pessoas protestavam contra a decisão do enviado especial da ONU, Bernardino Léon, de designar Feiz al Serraj como primeiro-ministro interino.

Vários dos feridos, internados no hospital Al Yalaa, se encontram em estado muito grave, por isso as fontes médicas não descartam que o número de mortes possa aumentar nos próximas horas.

Ainda não se sabe qual das diversas milícias que combatem na cidade lançou o míssil, e nem se o ataque foi planejado ou acidental.

Benghazi é palco de sangrentos combates desde maio de 2014, quando milícias a favor do governo de Trípoli iniciaram a chamada "Operação Dignidade", uma ofensiva armada destinada a minar o poder do Executivo rival de Trípoli.

Desde então, mais de 100 mil civis foram obrigados a abandonar a cidade por causa dos combates, em uma guerra que foi aproveitada por grupos jihadistas ligados ao Estado Islâmico para assumir o controle de alguns bairros.

Na noite de ontem, quatro integrantes de uma milícia leal a Tobruk morreram e quatro ficaram feridos em combates travados com forças que apoiam Trípoli no oeste de Benghazi, informaram à Efe fontes dos serviços de segurança.

Segundo relatos, um dos milicianos morreu durante um dos conflitos iniciados após disparos de artilharia pesada das milícias "Majlis al Shura" e "Zaura Benghazi" - leais a Trípoli - contra posições do general Khalifa Hafter no oeste da cidade.

Outros três milicianos, entre eles um suposto oficial da força de elite "Katiba 21", aliada de Hafter, chefe das milícias leais a Tobruk, morreram com a explosão de uma mina na área metropolitana de Kariwans.

Além disso, três meninas ficaram feridas no centro da cidade ao escaparem de três mísseis Hauser lançados pelas milícias leais a Trípoli contra a base de Benina, controlada pelos homens de Hafter.

Líbia é um Estado fracassado, vítima da guerra civil e do caos, desde que, em 2011, a comunidade internacional apoiou militarmente a revolta rebelde contra a ditadura de Muammar Kadafi. 

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