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Ministros gregos são empossados após reforma de gabinete

O premiê Alexis Tsipras exonerou um ministro rebelde e nomeou seus próprios aliados de uma recém formada coalizão com o partido de direita grego


	Alexis Tsipras: o primeiro-ministro da Grécia ainda está com a popularidade pessoal em alta
 (REUTERS/Paul Hanna)

Alexis Tsipras: o primeiro-ministro da Grécia ainda está com a popularidade pessoal em alta (REUTERS/Paul Hanna)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2015 às 10h12.

Atenas -- Novos ministros do governo do premiê grego, Alexis Tsipras, foram empossados neste sábado após dissidentes terem sido tirados de seu gabinete, dando início a uma nova fase de negociações para um terceiro programa de resgate financeiro.

Tsipras exonerou o ex-ministro da Energia, o radical Panagiotis Lafazanis, e outros dois vice-ministros na sexta-feira, numa mudança que marcou uma cisão na principal facção esquerdista do partido Syriza, após desentendimentos em torno dos termos do pacote de resgate.

Panos Skourletis, um aliado próximo de Tsipras que deixou o Ministério do Trabalho para assumir a estratégica pasta da Energia, disse que as mudanças marcavam "um ajuste pelo governo a uma nova realidade".

No lugar dos rebeldes, Tsipras nomeou seus próprios aliados ou parceiros de uma recém formada coalizão com o partido de direita Gregos Independentes, a fim de selar o acordo com os credores europeus nas próximas semanas, antes da provável realização de novas eleições.

"Nosso objetivo é negociar duro os novos termos do acordo, não somente para fechá-lo, mas sobre como será implementado. Há muitos termos vagos no texto", disse o recém nomeado ministro do Trabalho, George Katrougalos.

Ele disse que o governo, eleito em janeiro com um discurso contra a austeridade, lutaria por um acordo que fosse "socialmente justo" e dispensou as insinuações de que seria preciso enfrentar os sindicatos, com possíveis protestos de rua.

A aceitação dos severos termos do acordo de resgate financeiro marcou uma reviravolta para Tsipras, após meses de negociações amargas e um referendo no qual um acordo menos duro proposto pelos credores foi amplamente rejeitado. Mas pesquisas de opinião sugerem que a popularidade pessoal do premiê permanece alta.

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