Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Ronen Zvulun/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de dezembro de 2017 às 10h30.
Cairo — Ministros das Relações Exteriores árabes exigiram neste domingo que os Estados Unidos revertam a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. Para eles, a decisão é "grave" e gera o entendimento de que Washington violou o direito internacional.
Os ministros também pediram ao Conselho de Segurança da ONU que condenasse a decisão de Trump. Se os Estados Unidos vetarem essa resolução, os árabes buscarão uma solução semelhante na Assembleia Geral da ONU, disse o ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad Al-Maliki, em uma coletiva de imprensa no Cairo.
A resolução de duas páginas, formulada durante a reunião de emergência que começou no sábado, não incluiu ações punitivas contra os Estados Unidos, como pedir um boicote a produtos americanos ou suspender laços com Washington.
"Tomamos uma decisão política que não pretende refletir (o que está acontecendo nas ruas). O trabalho político é um trabalho responsável", disse o chefe da Liga Árabe, Ahmed Aboul-Gheit.
Os ministros devem se encontrar novamente dentro de um mês e mantiveram a possibilidade de uma cúpula árabe de emergência ser realizada na Jordânia, para discutir sobre Jerusalém.