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Ministro volta a pedir a aprovação da Comissão da Verdade

José Eduardo Cardozo participou da comemoração de dez anos da Comissão de Anistia

José Cardozo: a Comissão da Verdade "vai trazer a reparação da verdade histórica” para que as pessoas possam conhecer os fatos ocorridos no perídodo da ditadura militar (Wilson Dias/ABr)

José Cardozo: a Comissão da Verdade "vai trazer a reparação da verdade histórica” para que as pessoas possam conhecer os fatos ocorridos no perídodo da ditadura militar (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2011 às 15h07.

Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse hoje (24) que confia na aprovação do projeto de lei que cria a Comissão da Verdade (PL 7.376/10). O projeto está na Câmara dos Deputados, mas enfrenta dificuldades para entrar na pauta de votações. Para o ministro, a Comissão da Verdade "vai trazer a reparação da verdade histórica” para que as pessoas possam conhecer os fatos ocorridos no perídodo da ditadura militar.

As declarações do ministro foram feitas durante a comemoração dos dez anos da Comissão de Anistia. A comissão reabilitou os direitos civis de mais de 36 mil pessoas perseguidas pelo regime de exceção.

Cardozo aproveitou a comemoração para pedir desculpas públicas, em nome do Estado brasileiro, aos perseguidos pela ditadura. “Peço perdão ao povo brasileiro e aqueles que sofreram e foram anistiados. Que nunca mais possamos viver dias como aqueles”.

O ex-ministro da Justiça José Gregori também defendeu a necessidade de aprovar a Comissão da Verdade no Congresso. “O projeto da Comissão da Verdade se encaixa nessa corrente pela anistia no Brasil, que foi um dos alicerces da nossa democracia. Não há nenhuma razão para que a Câmara e o Senado deixem de homologar a comissão ainda este ano”.

“Com a instalação da comissão, esperamos conseguir informações sobre os restos mortais dos desaparecidos políticos e que possamos mostrar como funcionou o período ditatorial, como funcionou o monitoramento da vida das pessoas”, disse o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão.

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