Mundo

Ministro vê conspiração contra a segurança da Tunísia

"Há uma conspiração contra a segurança do Estado, e há conspiração nas forças de segurança", diz o ministro do interior do país

Segundo ministro, protestos populares são conspiração contra o governo (Fethi Belaid/AFP)

Segundo ministro, protestos populares são conspiração contra o governo (Fethi Belaid/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2011 às 19h46.

Túnis - Alguns membros das forças de segurança da Tunísia estão conspirando contra a segurança do Estado, disse na terça-feira o novo ministro do Interior do país, após descrever um ataque de cerca de 2.000 pessoas contra a sede do ministério.

"Essas pessoas que vieram ontem ao ministério (...) são as mesmas que saíram hoje para assustar as pessoas", disse Farhat Rajhi a uma TV. "Há uma conspiração contra a segurança do Estado, e há conspiração nas forças de segurança."

As declarações dele foram feitas depois de gangues juvenis invadirem escolas da capital na terça-feira, aterrorizando estudantes, e de grupos violentos percorrerem as ruas da localidade de Gassrine queimando edifícios públicos e intimidando moradores.

Rajhi disse que demitiu o chefe nacional de segurança por ter descumprido ordens para dispersar manifestantes em frente a prédios públicos no sábado. Afirmou ainda que o seu antecessor no ministério, responsável por reprimir a rebelião que acabou derrubando o presidente Zine al Abidine Ben Ali, foi preso.

Uma delegação de direitos humanos da ONU disse na terça-feira que 147 pessoas foram mortas e 510 ficaram feridas durante a revolta iniciada em 17 de dezembro.

O novo governo tunisiano prometeu investigar os abusos e indenizar famílias das vítimas.

Acompanhe tudo sobre:PolíticaÁfricaTunísiaPrimavera árabe

Mais de Mundo

Israel vai suspender mais de 20 organizações humanitárias em Gaza

Aeroportos brasileiros são os que mais movimentam aeronaves na América Latina

Cazaquistão aprova lei que restringe propaganda LGBT no país

Rússia endurece tom contra Ucrânia e ameaça plano de paz após suposto ataque