Ministro propõe nova legislação para doações a ONGs
De acordo com o Gilberto Carvalho, o governo pretende dialogar com as entidades para elaborar, em 90 dias, os primeiros fundamentos de novo marco regulatório
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2011 às 16h41.
São Paulo - Após as denúncias de irregularidades nas relações entre União e organizações não-governamentais (ONGs), o novo marco regulatório para o funcionamento das entidades civis, anunciado hoje pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, deve desburocratizar a prestação de contas, melhorar a fiscalização e reformular as regras para doações a essas organizações. "Os últimos eventos ressaltam a importância desse marco legal. Se de um lado é importante que haja uma fiscalização precisa do recurso público, ao mesmo tempo há a necessidade de desburocratização dos serviços e desta relação", disse o ministro, na abertura do 3º Congresso Brasileiro de Fundações e Entidades de Interesse Social, em São Paulo.
De acordo com o ministro, o governo pretende dialogar com as entidades para elaborar, em 90 dias, os primeiros fundamentos do marco regulatório. "É preciso dar tranquilidade para que as entidades se dediquem àquilo que é o essencial e não se vejam muitas vezes responsabilizadas, onerosamente, depois de tanto trabalho e de tanta dedicação", defendeu. Segundo o ministro, a União não pode prescindir da colaboração das ONGs. "O governo não pode sozinho cuidar de todas as questões do País", argumentou.
Carvalho defendeu a criação de novas regras para doações às entidades. "Cabe também repensarmos toda a legislação relativa às doações. No Brasil, se conseguirmos mudar a lei de doações para além dos recursos públicos, poderemos também contar com recursos da generosidade empresarial", completou. Ao justificar a proposta, o ministro citou o exemplo de um escritor que doou uma fazenda equipada para a Universidade Federal de São Carlos, no interior de São Paulo e que teve de pagar mais de R$ 400 mil em impostos para concretizar a cessão. "Não é possível que a gente siga punindo aqueles que generosamente entregam seus bens para uma causa social", comentou.
Para o ministro, que minutos antes ouvira críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre as ONGs ilegítimas "cooptadas por partidos" para obter recursos públicos, as irregularidades foram reveladas graças à atuação forte da sociedade e do apoio do governo federal aos órgãos de investigação. "Se é verdade que no governo do presidente Lula, mais do que nunca, o Ministério Público foi brindado com condições de trabalho e autonomia, que a Polícia Federal foi equipada, que nós criamos a CGU (Controladoria Geral da União), dando muitas vezes até a impressão de que a corrupção é muito maior nesses tempos quando na verdade se trata de que estamos desvendando para a sociedade todos aqueles fatos que há muito ocorriam em nosso País", disse Carvalho.
São Paulo - Após as denúncias de irregularidades nas relações entre União e organizações não-governamentais (ONGs), o novo marco regulatório para o funcionamento das entidades civis, anunciado hoje pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, deve desburocratizar a prestação de contas, melhorar a fiscalização e reformular as regras para doações a essas organizações. "Os últimos eventos ressaltam a importância desse marco legal. Se de um lado é importante que haja uma fiscalização precisa do recurso público, ao mesmo tempo há a necessidade de desburocratização dos serviços e desta relação", disse o ministro, na abertura do 3º Congresso Brasileiro de Fundações e Entidades de Interesse Social, em São Paulo.
De acordo com o ministro, o governo pretende dialogar com as entidades para elaborar, em 90 dias, os primeiros fundamentos do marco regulatório. "É preciso dar tranquilidade para que as entidades se dediquem àquilo que é o essencial e não se vejam muitas vezes responsabilizadas, onerosamente, depois de tanto trabalho e de tanta dedicação", defendeu. Segundo o ministro, a União não pode prescindir da colaboração das ONGs. "O governo não pode sozinho cuidar de todas as questões do País", argumentou.
Carvalho defendeu a criação de novas regras para doações às entidades. "Cabe também repensarmos toda a legislação relativa às doações. No Brasil, se conseguirmos mudar a lei de doações para além dos recursos públicos, poderemos também contar com recursos da generosidade empresarial", completou. Ao justificar a proposta, o ministro citou o exemplo de um escritor que doou uma fazenda equipada para a Universidade Federal de São Carlos, no interior de São Paulo e que teve de pagar mais de R$ 400 mil em impostos para concretizar a cessão. "Não é possível que a gente siga punindo aqueles que generosamente entregam seus bens para uma causa social", comentou.
Para o ministro, que minutos antes ouvira críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre as ONGs ilegítimas "cooptadas por partidos" para obter recursos públicos, as irregularidades foram reveladas graças à atuação forte da sociedade e do apoio do governo federal aos órgãos de investigação. "Se é verdade que no governo do presidente Lula, mais do que nunca, o Ministério Público foi brindado com condições de trabalho e autonomia, que a Polícia Federal foi equipada, que nós criamos a CGU (Controladoria Geral da União), dando muitas vezes até a impressão de que a corrupção é muito maior nesses tempos quando na verdade se trata de que estamos desvendando para a sociedade todos aqueles fatos que há muito ocorriam em nosso País", disse Carvalho.