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Ministro libanês que propôs renúncia após ataque vai ficar

Muçulmanos sunitas armados bloquearam as ruas com pneus em chamas em Beirute e outras cidades, em protestos contra o assassinato do Brigadeiro Wissam al-Hassan, sunita

O presidente libanês Michel Suleiman (à esquerda) e o primeiro-ministro Najib Mikati vão em direção a reunião do gabinete no Palácio Presidencial, em Baabda, perto de Beirute (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 13h50.

Beirute - O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse neste sábado que ofereceu sua renúncia, mas o presidente Michel Suleiman pediu a ele que fique "por um período".

O bloco de oposição libanesa "Março 14" pediu ao governo, incluindo ministros do grupo militante Hezbollah, que renuncie depois que o ataque a bomba em Beirute na sexta-feira matou uma autoridade de segurança libanesa que se opunha ao presidente sírio Bashar al-Assad.

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Muçulmanos sunitas armados bloquearam as ruas com pneus em chamas em Beirute e outras cidades neste sábado, em protestos contra o assassinato do Brigadeiro Wissam al-Hassan, sunita.

Mikati, ele mesmo um sunita como todos os primeiro-ministros libaneses, também é próximo ao Hezbollah, grupo aliado a Damasco, o qual os manifestantes acusam de orquestrar o ataque do carro bomba na sexta-feira.

"Em reunião com (o presidente), eu disse a ele que eu não quero ficar com o cargo de primeiro-ministro e que nós precisamos considerar a formação de um novo governo", disse ele, acrescentando que o gabinete irá, eventualmente, renunciar.

"Eu aceito (o pedido do presidente de ficar) uma vez que há temores de que o Líbano vá cair em distúrbios", disse ele.

Mikati indicou acreditar que Damasco, que possui décadas de história de intervenção no Líbano, está por trás do ataque. Ele disse suspeitar que o ataque tenha sido relacionado à acusação de agosto contra o ex-ministro Michel Smaha, apoiador de Assad, de conspiração, supostamente visando gerar violência no Líbano.

"Um primeiro-ministro não antecipa investigações, mas, honestamente... eu não posso separar de maneira nenhuma o crime que ocorreu ontem e a descoberta de conspiração contra o Líbano em agosto", disse ele.

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