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Ministro do Interior da Somália morre em atentado suicida

Segundo um parente, uma sobrinha do ministro detonou uma bomba dentro da casa onde ele vivia

Abdishakur Cheikh Hassan foi morto em sua casa (Mustafa Abdi/AFP)

Abdishakur Cheikh Hassan foi morto em sua casa (Mustafa Abdi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2011 às 15h46.

Mogadíscio, Somália - O ministro do Interior da Somália, Abdi Shakur Sheikh Hassan, morreu nesta sexta-feira em um atentado suicida cometido em seu domicílio na capital, Mogadíscio, confirmou o Governo local.

Em comunicado lido aos jornalistas, o ministro da Informação do Governo Transitório somali, Abdulkareem Hassan Jama, confirmou a morte de Hassan.

A princípio, foram divulgadas notícias contraditórias e, enquanto uma fonte do Ministério do Interior assinalava à Agência Efe que ele tinha ficado gravemente ferido, um parente, que confirmou o atentado e preferiu se manter no anonimato, revelou que o ministro tinha morrido no ataque.

Esse mesmo parente indicou à Efe que a autora do atentado foi uma sobrinha do próprio ministro, que chegou a Mogadíscio há poucos dias, proveniente de Nairóbi, mas essa informação não foi confirmada pelas autoridades.

Segundo a fonte da família, a sobrinha de Hassan teria detonado a bomba que levava no próprio corpo no quarto do ministro, após entrar na residência sem ser registrada pelos vigias da casa. Ela conseguiu entrar sem problemas no recinto porque teria sido identificada como um membro da família.

Hassan foi levado ao hospital de Banadir de Mogadíscio, onde os médicos confirmaram sua morte, segundo o comunicado oficial.

Também um dos guardas da residência do ministro, que pediu para não ser identificado, disse à Efe que a autora do atentado era uma sobrinha de Hassan, que tinha viajado a Mogadíscio proveniente de Nairóbi para receber um dinheiro que seu tio lhe tinha prometido para pagar a matrícula de seus estudos.

De acordo com a fonte, o ministro estava reunido com uma delegação do grupo islâmico sufi pró-governo Ahlu Sunna wal Jamaa em sua casa, mas os guardas não deixaram a sobrinha entrar na sala da reunião.

"O vigia informou ao ministro que sua sobrinha queria vê-lo e ele saiu (da sala) e entrou com ela em seu quarto. Então, ouvimos a explosão e vimos os dois caídos no chão", explicou o guarda, referindo-se a um de seus colegas.

"Este é um ato terrorista que não tem nenhuma justificativa", acrescentou o ministro da Informação, que responsabilizou a milícia radical islâmica Al Shabab do atentado.

O grupo radical islâmico Al Shabab, ligado à rede terrorista Al Qaeda, assumiu a autoria do atentado em seu site, indicando que a explosão provocou "dezenas de mortos".

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