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Ministro das Finanças israelense rejeita proposta de cessar-fogo negociada em Doha

Bezalel Smotrich disse não fará parte de um "acordo de derrota" e disse que agora é hora de "ocupar e limpar" toda a Faixa de Gaza

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 13 de janeiro de 2025 às 09h34.

Última atualização em 13 de janeiro de 2025 às 09h34.

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, rejeitou nesta segunda-feira, 13, o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na Faixa de Gaza que está sendo negociado em Doha, no Catar.

"O acordo que está tomando forma é uma catástrofe para a segurança nacional do Estado de Israel", declarou o líder do partido ultranacionalista Sionismo Religioso, que faz parte do governo de coalizão liderado por Benjamin Netanyahu.

Smotrich deixou claro que não fará parte de um "acordo de derrota" e disse que agora é hora de "ocupar e limpar" toda a Faixa de Gaza, em uma mensagem compartilhada nas redes sociais.

Essa mensagem chega no momento em que as negociações indiretas entre Israel e Hamas ganham força, e após a imprensa israelense ter informado que os mediadores fizeram avanços na noite passada.

O próprio Netanyahu se reuniu no domingo com Smotrich e com o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir (outro importante líder ultranacionalista da coalizão), para sondar sua oposição sobre um acordo com reféns. Ambos os ministros foram contra a aceitação de um acordo com o grupo islâmico durante a guerra.

De acordo com o portal israelense "Walla", a equipe do premiê acredita que Ben Gvir deixaria o governo se Israel aceitasse um acordo com o Hamas, portanto Netanyahu tenta convencer Smotrich a simplesmente votar contra a proposta, sem deixar a coalizão, para evitar eleições antecipadas.

Netanyahu conversou no domingo com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre as negociações no Catar, depois de enviar sua equipe de negociação no sábado para Doha, onde ocorre a última rodada de negociações.

O possível acordo sobre a mesa prevê três fases nas quais os reféns israelenses mantidos pelo Hamas seriam gradualmente liberados em troca de prisioneiros palestinos nas prisões israelenses, culminando na reconstrução do enclave e no estabelecimento de um novo governo.

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