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Ministro da Defesa da Venezuela diz que militares seguem aliados a Maduro

O ministro venezuelano informou que os quartéis estão funcionando normalmente nesta terça-feira (30) e criticou o líder da oposição, Juan Guaidó

Venezuela: Guaidó divulgou um vídeo nesta terça (30) no qual ele afirma ter apoio de um grupo de militares (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: Guaidó divulgou um vídeo nesta terça (30) no qual ele afirma ter apoio de um grupo de militares (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de abril de 2019 às 12h29.

Última atualização em 30 de abril de 2019 às 14h24.

Caracas — O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, disse nesta terça-feira que os quartéis do país estão funcionando com "normalidade" e rejeitou o pronunciamento "golpista" feito pelo líder opositor Juan Guaidó em uma base aérea militar.

"Rejeitamos este movimento golpista que pretende encher o país de violência. Os pseudolíderes políticos que se colocaram à frente deste movimento subversivo, utilizaram tropas e policiais com armas de guerra em uma via pública da cidade para criar rebuliço e terror", afirmou o ministro.

Padrino garantiu que a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) "se mantém firme em defesa da Constituição Nacional e de suas autoridades legítimas".

"São covardes! Seguiremos firmes em defesa da ordem constitucional e da paz da República, assistidos pela lei, pela razão e pela história. Leais sempre, traidores nunca!", ressaltou o ministro.

Na madrugada desta terça-feira, Guaidó anunciou que "a família militar" deu um passo para se unir a ele e conseguir "o fim definitivo da usurpação" que Nicolás Maduro faz da presidência.

"São muitos os militares. A família militar deu o passo. A todos os que nos estão escutando: o momento é agora, não só da calma, mas da coragem e da sanidade para que a calma chegue à Venezuela (...) Vamos recuperar a democracia e a liberdade na Venezuela", disse Guaidó em um vídeo divulgado no Twitter.

Assim, o líder opositor, que está nos arredores da base aérea de La Carlota, no leste de Caracas, convocou os demais membros das forças armadas a acompanharem esta façanha "com base na Constituição, dentro da luta não violenta".

Centenas de venezuelanos responderam ao chamado de Guaidó e saíram às ruas.

Por outro lado, o presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), o governista Diosdado Cabello, convocou os simpatizantes do chavismo a comparecer ao Palácio Presidencial de Miraflores para "defender" a revolução.

Uso da força

O ministro da Defesa da Venezuela afirmou que a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) usará armas caso seja necessário para conter a revolta militar liderada pelo opositor Juan Guaidó contra o Governo de Nicolás Maduro.

O ministro Padrino disse também que "atos de violência" de alguns membros das Forças Armadas nesta terça-feira foram "parcialmente derrotados" e que as altas patentes militares permanecem "leais à Constituição".

Os comentários de Padrino em um pronunciamento na TV estatal ocorreram após alguns membros da Guarda Nacional acatarem o pedido do líder da oposição, Juan Guaidó, para se manifestarem contra o presidente Nicolás Maduro, levando a confrontos com forças leais a Maduro próximo a uma base aérea em Caracas.

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