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Ministra sueca acusa Arábia Saudita de bloquear seu discurso

O discurso cancelado, publicado pelo ministério sueco, não mencionava a Arábia Saudita nem a agenda feminista de política externa de Wallstroem

A ministra das Relações Exteriores da Suécia, Margot Wallstroem: "é uma vergonha que um país tenha bloqueado meu discurso" (Bernd Von Jutrczenka/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de março de 2015 às 12h14.

Cairo - A ministra das Relações Exteriores da Suécia acusou a Arábia Saudita de bloquear seu discurso na Liga Árabe nesta segunda-feira por conta de sua postura a respeito dos direitos humanos na região, informou a imprensa sueca.

"A explicação apresentada é que a Suécia tem destacado a situação a respeito da democracia e dos direitos humanos e por isto não querem que fale", disse a ministra sueca, Margot Wallstroem, à agência TT no Cairo.

"É uma vergonha que um país tenha bloqueado meu discurso", completou Wallstroem, que havia sido convidada ao encontro pelos ministros árabes, em deferência pela decisão da Suécia de reconhecer o Estado palestino em outubro.

Um diplomata árabe confirmou que Riad impediu a sueca de fazer o discurso.

O discurso cancelado, publicado pelo ministério sueco, não mencionava a Arábia Saudita nem a agenda feminista de política externa de Wallstroem, mas ressaltava os direitos da mulher e, em geral, os direitos humanos

Wallstroem já falou sobre a Arábia Saudita e em janeiro criticou o reino pelo tratamento ao blogueiro Raef Badawi, condenado a mil chibatadas e 10 anos de prisão por insultar o islã.

"Devemos protestar contra métodos praticamente medievais de castigo", disse Walltroem a TT.

Apesar da declaração, a Suécia vence armas há vários anos para a Arábia Saudí e voltará a renovar o contrato de armamento com a monarquia petroleira para outros cinco anos em maio.

A aprovação do acordo aconteceu graças ao apoio dos social-democratas (partido governante, de Wallstroem), enquanto os aliados do Partido Verde são contrários à medida.

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"É uma vergonha que um país tenha bloqueado meu discurso", completou Wallstroem, que havia sido convidada ao encontro pelos ministros árabes, em deferência pela decisão da Suécia de reconhecer o Estado palestino em outubro.

Um diplomata árabe confirmou que Riad impediu a sueca de fazer o discurso.

O discurso cancelado, publicado pelo ministério sueco, não mencionava a Arábia Saudita nem a agenda feminista de política externa de Wallstroem, mas ressaltava os direitos da mulher e, em geral, os direitos humanos

Wallstroem já falou sobre a Arábia Saudita e em janeiro criticou o reino pelo tratamento ao blogueiro Raef Badawi, condenado a mil chibatadas e 10 anos de prisão por insultar o islã.

"Devemos protestar contra métodos praticamente medievais de castigo", disse Walltroem a TT.

Apesar da declaração, a Suécia vence armas há vários anos para a Arábia Saudí e voltará a renovar o contrato de armamento com a monarquia petroleira para outros cinco anos em maio.

A aprovação do acordo aconteceu graças ao apoio dos social-democratas (partido governante, de Wallstroem), enquanto os aliados do Partido Verde são contrários à medida.

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