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Mineros sul-africanos aceitam oferta e encerram greve

Os grevistas se reuniram hoje em um estádio de futebol e aceitaram em assembleia um salário de 10,9 mil rands (R$ 2.695), informou a rede de televisão "E-News"

Mineiros em greve: o acordo entre a companhia britânica Lonmin e os trabalhadores põe fim a uma longa e sangrenta greve na qual morreram 45 pessoas (Siphiwe Sibeko/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2012 às 17h17.

Johanesburgo - Os trabalhadores da mina de platina de Marikana, na África do Sul , aceitaram nesta terça-feira uma oferta salarial da empresa Lonmin e retornarão ao trabalho na quinta-feira, pondo fim a uma sangrenta greve de mais de um mês, e que custou a vida de 45 pessoas.

Os grevistas se reuniram hoje em um estádio de futebol e aceitaram em assembleia um salário de 10,9 mil rands (R$ 2.695), informou a rede de televisão "E-News".

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Os mineiros aceitaram assim um aumento de 22% em seus salários, muito abaixo de sua primeira reivindicação, que era o triplo do valor que recebiam.

"Os mineiros estão muito contentes e consideram que foi uma vitória, por isso vão retornar ao trabalho na quinta-feira", afirmou ao site "News24" o bispo Jo Seoka, presidente de Conselho de Igrejas da África do Sul (SACC), que intermediou o conflito laboral.

O acordo entre a companhia britânica Lonmin e os trabalhadores põe fim a uma longa e sangrenta greve na qual morreram 45 pessoas, 34 delas por disparos da polícia após um protesto em 16 de agosto.

O protesto se estendeu por outras explorações dos arredores de Johanesburgo, comarca na qual fica a mina de Lonmin, e levou o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, a alertar sobre uma possível recessão pelo impacto no setor metalúrgico do país.

O massacre dos 34 mineiros fez o país reviver os episódios mais violentos do apartheid, regime de segregação racial imposto pela minoria branca sul-africana até 1994.

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