(Mike Segar/Reuters)
Reuters
Publicado em 12 de março de 2021 às 20h55.
A cidade norte-americana de Minneapolis chegou a um acordo civil com a família de George Floyd — homem negro desarmado assassinado em 2020 por um policial branco — pelo valor recorde de US$ 27 milhões (mais de R$ 150 milhões). A negociação foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Municipal de Minneapolis nesta sexta-feira, 12, e é o maior acordo pré-julgamento em um caso de morte por negligência em direitos civis na história americana.
"A morte horrível de George Floyd, testemunhada por milhões de pessoas em todo o mundo, desencadeou um anseio profundo e uma demanda inegável por justiça e mudança", disse Ben Crump, o advogado dos direitos civis que representa a família Floyd, em um comunicado. "Envia uma mensagem poderosa de que a vida dos negros é importante e a brutalidade policial contra pessoas de cor deve cessar."
A negociação foi alcançada enquanto ainda ocorre a seleção do júri para o julgamento do policial acusado de assassinar Floyd. Ela também prevê o repasse de US$ 500 mil para o bairro onde Floyd foi preso.
Floyd foi declarado morto em 25 de maio de 2020 depois que o então policial Derek Chauvin ajoelhou sobre seu pescoço por cerca de nove minutos.
A morte de Floyd desencadeou protestos violentos em Minneapolis e outras cidades, levando a uma discussão nacional sobre racismo.
Em julho, a família Floyd processou a cidade e os quatro policiais implicados em sua morte, alegando que os policiais violaram os direitos da vítima e a cidade permitiu que uma cultura de força excessiva, racismo e impunidade florescessem em sua força policial.