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Militar é proclamado primeiro-ministro de Burkina Faso

O tenente-coronel Isaac Zida foi nomeado primeiro-ministro do governo de transição do país africano


	O tenente-coronel Isaac Zida, de Burkina Faso
 (Joe Penney/Reuters)

O tenente-coronel Isaac Zida, de Burkina Faso (Joe Penney/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 12h14.

Ouagadogou - O tenente-coronel Isaac Zida, proclamado pelo exército chefe de Estado de Burkina Faso após a queda do então presidente Blaise Compaoré, foi nomeado nesta quarta-feira primeiro-ministro do governo de transição.

A nomeação se tornou efetiva após o presidente interino, Michel Kafando, assinar hoje um decreto que foi lido para os jornalistas pelo subsecretário-geral do governo, Alain Ouattara, no palácio presidencial.

Zida foi proclamado pelo exército chefe de Estado após a renúncia e fuga do país de Compaoré em 1º de novembro, mas abandonou o cargo ontem após a posse do diplomata Kafando como presidente interino do país africano.

Apesar de Zida ter assegurado que o exército não estava interessado em se manter no poder, durante a rodada de negociações realizada na semana passada por todas as forças políticas e sociais do país para pactuar a Carta da Transição, os militares expressaram seu desejo de ocupar o cargo de primeiro-ministro.

Embora a comunidade internacional e a oposição tenham pedido desde o início que o exército não participasse do executivo de transição, finalmente aceitaram a solicitação dos militares em nome da estabilidade do país.

Como chefe de Estado, na segunda-feira Zida destituiu e prendeu o diretor da Companhia Nacional de Eletricidade, algo que muitos interpretaram como uma demonstração de poder.

A tentativa de Compaoré de reformar o artigo 37 da Constituição, que o impedia de concorrer pela quinta vez a presidente, causou uma onda inédita de manifestações que obrigaram o governante a renunciar e abandonar o país em 1º de novembro.

O exército tomou o poder e o tenente-coronel Isaac Zida foi proclamado novo presidente, para inquietação da comunidade internacional, que exigiu desde o início a transferência de poder para um governo civil.

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