Mundo

Militantes matam trabalhadores de vacina contra pólio

Atiradores mataram três trabalhadoras de uma campanha de vacinação contra o pólio no Paquistão e seu motorista nesta quarta-feira


	Pólio: equipes que atuam no Paquistão para imunizar crianças contra a doença são vítimas frequentes de militantes do Taliban
 (Parwiz/Reuters)

Pólio: equipes que atuam no Paquistão para imunizar crianças contra a doença são vítimas frequentes de militantes do Taliban (Parwiz/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 11h37.

Quetta - Atiradores mataram três trabalhadoras de uma campanha de vacinação contra o pólio no Paquistão e seu motorista nesta quarta-feira, informou a polícia, no atentado mais grave contra agentes de saúde em dois anos.

As equipes que atuam no Paquistão para imunizar crianças contra a doença são vítimas frequentes de militantes do Taliban, que dizem que a campanha é um disfarce para espiões ocidentais ou acusam os agentes de distribuir vacinas concebidas para esterilizar as crianças.

As mulheres foram atacadas quando iam se encontrar com uma escolta da polícia, disse o policial Asad Raza, da cidade de Quetta, no sudoeste do país.

“Dois homens em uma motocicleta interceptaram a van e atiraram nos ocupantes usando uma arma”, disse.

Os casos de poliomielite neste ano no Paquistão chegaram a 265, maior cifra em 15 anos. A doença, que pode matar ou paralisar uma criança horas após a infecção, havia sido erradicada no mundo todo, com exceção da Nigéria e do Afeganistão.

Uma razão do aumento nos casos paquistaneses é a campanha militar no Waziristão do Norte, região inóspita na fronteira afegã, que obrigou um grande número de crianças não vacinadas e fugir de suas casas e se deslocar pelo país em junho.

Um organismo de monitoramento internacional também culpou o governo do Paquistão em um relatório no mês passado. Os vacinadores raramente recebem seus salários, e as equipes de proteção da polícia muitas vezes chegam tarde, quando chegam. A complacência do governo foi “desastrosa”, afirmou o relatório, alertando que o país arrisca reinfectar o resto do mundo. O Paquistão já exportou o vírus para Síria, China, Israel e Egito.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDoençasIslamismoPaquistãoPoliomieliteTalibã

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia