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Militantes acusados de querer atacar muçulmanos deixam prisão

Nove homens e uma mulher foram detidos em vários pontos da França suspeitos de pertencerem a grupo ultradireitista que dizia lutar contra o perigo islâmico

Autoridades temiam "um passo à ação violenta ainda não definido", segundo a Promotoria de Paris (Aurelien Meunier/Getty Images)

Autoridades temiam "um passo à ação violenta ainda não definido", segundo a Promotoria de Paris (Aurelien Meunier/Getty Images)

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AFP

Publicado em 27 de junho de 2018 às 19h18.

Dez pessoas de um movimento de ultradireita, que foram detidas no sábado no âmbito de uma ampla operação na França, compareceram nesta quarta-feira (27) diante de um juiz antiterrorista em Paris.
Depois de quatro dias de interrogatórios, o juiz suspendeu a sua prisão preventiva.

Os suspeitos - nove homens e uma mulher de entre 32 e 69 anos - foram detidos em vários pontos da França na noite de sábado e madrugada de domingo pelas suspeitas de que pertenciam a um pequeno grupo de ultradireita chamado "Ação das Forças Operacionais" (AFO), que dizia ter o objetivo de "lutar contra o perigo islâmico".
As autoridades temiam "um passo à ação violenta ainda não definido", segundo a Promotoria de Paris.

O Ministério Público solicitava a prisão provisória para nove deles.
Os policiais encontraram em suas casas 36 armas de fogo, 31 delas sem autorização, e elementos "para a fabricação de explosivos de tipo TATP".

O AFO proclamava com orgulho a sua ambição de luta contra o "perigo islamita".
O grupo estava na mira da Justiça há dois meses, pois "tentava recrutar novos membros e expandir sua rede territorial", explicou a Promotoria de Paris em um comunicado nesta quarta.

O promotor decidiu, em 13 de abril, abrir uma investigação por "associação de malfeitores terrorista criminosa".

Em 24 de junho, o juiz de instrução ordenou a batida que levou às prisões em Córsega (sul), Charente-Maritime (oeste), Vienne (sudeste) e na região de Paris.

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