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Milícias pró-Assad entrarão em região sob ataque da Turquia

Em resposta, a Turquia disse que saudará qualquer ação que Damasco realize em Afrin para se livrar da milícia curda YPG

Síria: se soldados sírios estiverem entrando para proteger combatentes curdos o ataque turco prosseguirá (SANA/Reuters)
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Reuters

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 12h51.

Beirute - Milícias aliadas ao governo da Síria entrarão na região de Afrin dentro de horas, noticiou a mídia síria nesta segunda-feira, depois que uma autoridade curda disse que se firmou um acordo para ajudar forças curdas a acabarem com uma ofensiva turca no local.

Em resposta, a Turquia disse que saudará qualquer ação que Damasco realize em Afrin para se livrar da milícia curda YPG, mas que se soldados sírios estiverem entrando para proteger combatentes curdos o ataque turco prosseguirá.

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Ancara iniciou sua operação no mês passado com grupos sírios aliados para expulsar a YPG, que encara como um grupo terrorista ligado a uma insurgência que opera na Turquia e como uma ameaça de segurança à sua fronteira.

A ofensiva complicou ainda mais a teia de rivalidades e alianças em ação no norte da Síria, que envolve forças curdas, o governo sírio, facções rebeldes, a Turquia, o Irã, os Estados Unidos e a Rússia.

Mas no domingo uma autoridade curda de alto escalão disse que forças curdas e Damasco chegaram a um pacto para o Exército sírio entrar em Afrin, e que pode ser implantado dentro de dois dias.

Todos os acordos entre o governo sírio e os curdos, cada um dos quais controla mais territórios do que qualquer outro participante do conflito na Síria, são observados atentamente porque podem se cruciais para o rumo futuro da guerra.

Embora o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, e a YPG defendam visões diferentes para o futuro da Síria e suas forças tenham se chocado algumas vezes, de maneira geral os dois lados vêm evitando um conflito direto.

"Forças populares chegarão a Afrin nas próximas horas para apoiar a determinação de seu povo na confrontação da agressão", disse a agência estatal de notícias Sana, citando seu correspondente em Aleppo, situada a 35 quilômetros de Afrin.

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