Vulcão nas Filipinas: "Há um risco duplo para a saúde, ao se estar próximo da erupção, devido à inalação de gases de dióxido de enxofre, ou das partículas das chuvas de cinzas", disse especialista da saúde (AFP/Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 11 de junho de 2023 às 11h06.
Milhares de pessoas que vivem perto do vulcão Mayon, nas Filipinas, foram levadas para abrigos e, neste domingo, 11, as autoridades alertaram sobre os riscos das cinzas e dos gases tóxicos que emanam da cratera.
Sismólogos relataram terem registrado pelo menos um terremoto de origem vulcânica nas últimas 24 horas e que o Monte Mayon, localizado na região central do país, está expelindo rochas incandescentes.
Mais de 12.800 pessoas foram levadas para abrigos, informaram as autoridades da Defesa Civil. "Estamos longe de casa, mas é melhor estar aqui porque é muito perigoso", disse à AFP Rachel Ramirez, uma mulher de 30 anos com dois filhos, que está há três dias em um abrigo instalado em uma escola em Daraga.
Localizado a cerca de 330 quilômetros a sudeste da capital, Manila, o Monte Mayon é considerado um dos mais imprevisíveis dos 24 vulcões ativos nas Filipinas. Há cinco anos, dezenas de milhares de pessoas tiveram que ser retiradas de suas casas, devido à erupção do Monte Mayon.
"Há um risco duplo para a saúde, ao se estar próximo da erupção, devido à inalação de gases de dióxido de enxofre, ou das partículas das chuvas de cinzas", disse o secretário de Saúde Teodoro Herbosa, em uma coletiva de imprensa neste domingo.
O arquipélago das Filipinas está localizado no "Anel de Fogo" do Pacífico, onde as placas tectônicas colidem, causando terremotos e forte atividade vulcânica.