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Milhares de pessoas protestam contra Putin em Moscou

Vladimir Putin toma posse do cargo nesta segunda-feira

Opositores protestam contra Putin neste domingo em Moscou (AFP/ Sergei Supinsky)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2012 às 11h45.

Moscou - Milhares de pessoas percorreram neste domingo o centro de Moscou na chamada 'Marcha dos Milhões' em protesto contra o presidente eleito da Rússia, Vladimir Putin , que toma posse do cargo nesta segunda-feira.

A tropa de choque da polícia já prendeu vários opositores que começaram a reivindicar uma hora de transmissão nas emissoras de televisão estatais da Rússia.

Com a praça Bolotnaya repleta de pessoas, a polícia bloqueou um dos acessos ao local e impediu que uma grande coluna de opositores conseguisse aceder ao lugar onde estava previsto o início de um comício.

As autoridades informam que cerca de 8 mil pessoas participaram do protesto, mas os organizadores mencionam 20 mil participantes, enquanto, no resto do país, a afluência era menor e a polícia prendeu cerca de 20 manifestantes em diversas cidades.

A manifestação em Moscou se estendeu ao longo de aproximadamente um quilômetro em seu avanço pela rua Bolshaya Yakimanka para desembocar na praça Bolotnaya, local da primeira grande manifestação contra Putin, em dezembro do ano passado.

'No lugar do início da marcha se congregaram cerca de 8 mil pessoas', informou um porta-voz do Ministério do Interior russo, citado pela agência de notícias 'Interfax'. Já um dos líderes da oposição não parlamentar, Sergei Davidis, estimou em pelo menos 20 mil as pessoas que compareceram à convocação.

A jornada de protesto refletiu um esfriamento dos ânimos contestatórios dos russos, comparado às grandes manifestações registradas em dezembro e fevereiro passados.

Em muitas das grandes cidades russas, foram apenas dezenas de cidadãos que saíram às ruas neste domingo para protestar contra Putin, enquanto, pouco depois das legislativas de dezembro, qualificadas de fraudulentas pela oposição, foram milhares nos mesmos núcleos urbanos.

Na cidade de Khabarovsk, onde os opositores solicitaram sem sucesso a permissão para convocar um comício para 700 pessoas, apenas cinco foram ao ato de protesto, e quatro deles foram detidos pela polícia.

Menos de 100 pessoas se concentraram no centro de Irkutsk, uma das principais cidades da Sibéria, onde os organizadores planejavam reunir pelo menos 1 mil cidadãos.

Seis opositores foram detidos em Vladivostok, no Extremo Oriente russo, e outros dez em Kemerovo: em ambas as cidades, os manifestantes que saíram às ruas contra Putin não chegaram a 100, algo que se repetiu em Chelyabinsk e Tomsk.

Em Moscou, pouco antes do início da marcha, a polícia bloqueou as saídas nas três estações de metrô mais centrais.

Dezenas de agentes de segurança já isolaram todas as saídas de algumas das estações de metrô mais próximas ao Kremlin, enquanto a empresa que administra o transporte anunciou que outras nove estações, todas elas no coração da cidade, também estarão bloqueadas.

Putin, que assumirá a chefia de Estado nesta segunda-feira, durante uma cerimônia oficial no Kremlin que será transmitida ao vivo pela televisão, pode permanecer no poder até 2024 graças a uma reforma constitucional que aumentou de quatro para seis anos o período dos mandatos presidenciais. EFE

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Moscou - Milhares de pessoas percorreram neste domingo o centro de Moscou na chamada 'Marcha dos Milhões' em protesto contra o presidente eleito da Rússia, Vladimir Putin , que toma posse do cargo nesta segunda-feira.

A tropa de choque da polícia já prendeu vários opositores que começaram a reivindicar uma hora de transmissão nas emissoras de televisão estatais da Rússia.

Com a praça Bolotnaya repleta de pessoas, a polícia bloqueou um dos acessos ao local e impediu que uma grande coluna de opositores conseguisse aceder ao lugar onde estava previsto o início de um comício.

As autoridades informam que cerca de 8 mil pessoas participaram do protesto, mas os organizadores mencionam 20 mil participantes, enquanto, no resto do país, a afluência era menor e a polícia prendeu cerca de 20 manifestantes em diversas cidades.

A manifestação em Moscou se estendeu ao longo de aproximadamente um quilômetro em seu avanço pela rua Bolshaya Yakimanka para desembocar na praça Bolotnaya, local da primeira grande manifestação contra Putin, em dezembro do ano passado.

'No lugar do início da marcha se congregaram cerca de 8 mil pessoas', informou um porta-voz do Ministério do Interior russo, citado pela agência de notícias 'Interfax'. Já um dos líderes da oposição não parlamentar, Sergei Davidis, estimou em pelo menos 20 mil as pessoas que compareceram à convocação.

A jornada de protesto refletiu um esfriamento dos ânimos contestatórios dos russos, comparado às grandes manifestações registradas em dezembro e fevereiro passados.

Em muitas das grandes cidades russas, foram apenas dezenas de cidadãos que saíram às ruas neste domingo para protestar contra Putin, enquanto, pouco depois das legislativas de dezembro, qualificadas de fraudulentas pela oposição, foram milhares nos mesmos núcleos urbanos.

Na cidade de Khabarovsk, onde os opositores solicitaram sem sucesso a permissão para convocar um comício para 700 pessoas, apenas cinco foram ao ato de protesto, e quatro deles foram detidos pela polícia.

Menos de 100 pessoas se concentraram no centro de Irkutsk, uma das principais cidades da Sibéria, onde os organizadores planejavam reunir pelo menos 1 mil cidadãos.

Seis opositores foram detidos em Vladivostok, no Extremo Oriente russo, e outros dez em Kemerovo: em ambas as cidades, os manifestantes que saíram às ruas contra Putin não chegaram a 100, algo que se repetiu em Chelyabinsk e Tomsk.

Em Moscou, pouco antes do início da marcha, a polícia bloqueou as saídas nas três estações de metrô mais centrais.

Dezenas de agentes de segurança já isolaram todas as saídas de algumas das estações de metrô mais próximas ao Kremlin, enquanto a empresa que administra o transporte anunciou que outras nove estações, todas elas no coração da cidade, também estarão bloqueadas.

Putin, que assumirá a chefia de Estado nesta segunda-feira, durante uma cerimônia oficial no Kremlin que será transmitida ao vivo pela televisão, pode permanecer no poder até 2024 graças a uma reforma constitucional que aumentou de quatro para seis anos o período dos mandatos presidenciais. EFE

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