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Milhares de pessoas podem morrer de fome na Síria

A ONU anunciou que aproveitará a suspensão das hostilidades, em vigor na Síria desde sábado, para reforçar suas operações humanitárias


	Fome: "A privação deliberada de alimentos está claramente proibida como arma de guerra. Por extensão, o cerco de localidades também está"
 (Syrian Observatory For Human Rights)

Fome: "A privação deliberada de alimentos está claramente proibida como arma de guerra. Por extensão, o cerco de localidades também está" (Syrian Observatory For Human Rights)

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Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 09h42.

A fome pode provocar milhares de mortes nas zonas sitiadas da Síria, onde mais de 450.000 pessoas vivem bloqueadas, indicou nesta segunda-feira o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos.

"Os alimentos, os medicamentos e outros produtos de ajuda humanitária de urgência são bloqueados de forma reiterada. Milhares de pessoas podem morrer de fome", advertiu Zeid Ra'ad Al-Hussein durante a abertura da 31ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.

"A privação deliberada de alimentos está claramente proibida como arma de guerra. Por extensão, o cerco de localidades também está", declarou o Alto Comissário.

A ONU anunciou que aproveitará a suspensão das hostilidades, em vigor na Síria desde sábado, para reforçar suas operações humanitárias e ajudar nos próximos cinco dias mais de 150.000 pessoas que vivem em localidades cercadas por algum dos grupos em conflito.

O organismo internacional também espera luz verde das partes para "ajudar 1,7 milhão de pessoas que estão em zonas de difícil acesso", declarou no domingo o coordenador de Assuntos Humanitários da ONU na Síria, Yacub el Hill.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) exigiu nesta segunda-feira, por sua vez, acesso às zonas sitiadas com o objetivo de enviar ajuda médica.

"No entanto, muitas demandas não são aprovadas pelas autoridades sírias", lamentou Elizabeth Hoff, representante da OMS na Síria.

O conflito sírio deixou em cinco anos mais de 270.000 mortos e milhares de deslocados e refugiados.

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