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Milhares de gregos vão às ruas contra austeridade

Quatro manifestações distintas, protagonizadas por diferentes coletivos de trabalhadores públicos, eram registradas na capital grega nesta manhã

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2012 às 15h03.

Atenas - Cerca de 4 mil pessoas se reuniram no centro de Atenas nesta quarta-feira para protestar contra os novos cortes impostos à Grécia pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de mais ajuda financeira.

Quatro manifestações distintas, protagonizadas por diferentes coletivos de trabalhadores públicos, eram registradas na capital grega nesta manhã.

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Os professores, por exemplo, iniciaram uma greve de 24 horas, a qual deverá se prolongar até sexta-feira no caso dos docentes universitários, para protestar contra a redução salarial proposta pela troika, formada pelo FMI, pelo Banco Central Europeu e pela Comissão Europeia.

Além dos professores, os médicos, os trabalhadores municipais, os bancários, os farmacêuticos de Pireu, os empregados do setor de hotelaria e os de distribuição alimentícia da região de Ática também entraram em greve.

Devido às manifestações, grande parte do centro de Atenas permanecerá com o trânsito fechado, já que a tarde está prevista mais uma manifestação. Desta vez, o protesto será encabeçado principalmente pelos militares, que estão descontentes com a redução salarial prevista pelo governo do primeiro-ministro, o conservador Antonis Samaras.

Situado no centro de capital, o Parlamento heleno foi cercado e permanece protegido por um rígido cordão policial.

Nesta semana, o governo de Samaras negocia com a troika o novo pacote de medidas de austeridade no valor de 11,6 bilhões de euros, em troca de um novo lance de financiamento por parte dos sócios europeus.

A troika, que se reúne hoje com o ministro de Finanças da Grécia, Yannis Sturnaras, se opõe a parte das medidas apresentadas pelo Governo e continua exigindo a demissão de funcionários, reduções de salários públicos e pensões, além do aumento da semana laboral (de seis dias).

O desacordo sobre estas exigências comprometeu ainda mais as relações entre os três partidos que sustentam o Executivo de Samaras, que hoje tentará novamente definir um acordo para minimizar os esforços e assegurar este novo pacote de medidas de austeridade.

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