Milhares de argentinos pedem justiça por Alberto Nisman
Milhares de argentinos saíram às ruas em Buenos Aires para pedir justiça pela misteriosa morte do promotor, que acusou a presidente de encobrir atentado
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 20h28.
BUENOS AIRES - Dezenas de milhares de argentinos saíram às ruas nesta quarta-feira sob chuva em Buenos Aires para pedir justiça pela misteriosa morte de um promotor que acusou a presidente da Argentina , Cristina Kirchner , de encobrir um atentado.
A manifestação, uma das maiores já realizadas nos sete anos da gestão de Cristina, foi convocada por um grupo de promotores e rapidamente recebeu adesão da oposição, em meio à tempestade política que sacode o governo desde a morte do promotor Alberto Nisman há um mês.
"É uma marcha de silêncio. Mas se costuma dizer que o silêncio vale mais do que mil palavras. Fala de como se sente uma grande parte do país que não compartilha as ideias do governo", disse Héctor Fiore, aposentado de 68 anos, à Reuters.
Sob um dilúvio, os manifestantes cobriam a Avenida de Mayo, que une o Congresso Nacional à sede do governo, com seus guarda-chuvas. Muitos levavam cartazes pedindo "verdade" e "justiça".
A marcha foi duramente criticada na semana passada pelas autoridades federais, que consideraram que apenas tentava desestabilizar o governo. Mas as autoridades suavizaram suas críticas nesta quarta-feira a fim de evitar novos conflitos.
"Me sentiria participando se o objetivo real, no fundo, fosse uma homenagem a Nisman... tenho amigos (do governo) que vão estar lá", disse a jornalistas o secretário-geral de gabinete da Presidência, Aníbal Fernández.
A chamada "Marcha do Silêncio" começou por volta das 19h (horário local) no Congresso argentino, no centro de Buenos Aires, e deveria durar 1h.
Outros protestos também começaram em cidades da Argentina e, inclusive, em outros países, como no vizinho Chile, depois que a convocação foi publicada por diversas páginas na Internet.
A televisão argentina mostrou uma multidão protestando nas principais cidades do país.
Nisman apareceu morto com um tiro na cabeça no seu luxuoso apartamento em Buenos Aires um dia antes de apresentar aos deputados sua grave acusação contra Cristina e o chanceler, Héctor Timerman, de encobrir um ataque antissemita de 1994 no qual 85 pessoas morreram.
Embora a hipótese mais forte seja de que pode ter sido um suicídio, tampouco foi descartada uma morte estimulada ou um homicídio, numa trama que envolve os serviços de inteligência, apontados pelo governo como culpados pela morte de Nisman.
Atualmente, poucos argentinos acreditam que o promotor tenha se matado.
BUENOS AIRES - Dezenas de milhares de argentinos saíram às ruas nesta quarta-feira sob chuva em Buenos Aires para pedir justiça pela misteriosa morte de um promotor que acusou a presidente da Argentina , Cristina Kirchner , de encobrir um atentado.
A manifestação, uma das maiores já realizadas nos sete anos da gestão de Cristina, foi convocada por um grupo de promotores e rapidamente recebeu adesão da oposição, em meio à tempestade política que sacode o governo desde a morte do promotor Alberto Nisman há um mês.
"É uma marcha de silêncio. Mas se costuma dizer que o silêncio vale mais do que mil palavras. Fala de como se sente uma grande parte do país que não compartilha as ideias do governo", disse Héctor Fiore, aposentado de 68 anos, à Reuters.
Sob um dilúvio, os manifestantes cobriam a Avenida de Mayo, que une o Congresso Nacional à sede do governo, com seus guarda-chuvas. Muitos levavam cartazes pedindo "verdade" e "justiça".
A marcha foi duramente criticada na semana passada pelas autoridades federais, que consideraram que apenas tentava desestabilizar o governo. Mas as autoridades suavizaram suas críticas nesta quarta-feira a fim de evitar novos conflitos.
"Me sentiria participando se o objetivo real, no fundo, fosse uma homenagem a Nisman... tenho amigos (do governo) que vão estar lá", disse a jornalistas o secretário-geral de gabinete da Presidência, Aníbal Fernández.
A chamada "Marcha do Silêncio" começou por volta das 19h (horário local) no Congresso argentino, no centro de Buenos Aires, e deveria durar 1h.
Outros protestos também começaram em cidades da Argentina e, inclusive, em outros países, como no vizinho Chile, depois que a convocação foi publicada por diversas páginas na Internet.
A televisão argentina mostrou uma multidão protestando nas principais cidades do país.
Nisman apareceu morto com um tiro na cabeça no seu luxuoso apartamento em Buenos Aires um dia antes de apresentar aos deputados sua grave acusação contra Cristina e o chanceler, Héctor Timerman, de encobrir um ataque antissemita de 1994 no qual 85 pessoas morreram.
Embora a hipótese mais forte seja de que pode ter sido um suicídio, tampouco foi descartada uma morte estimulada ou um homicídio, numa trama que envolve os serviços de inteligência, apontados pelo governo como culpados pela morte de Nisman.
Atualmente, poucos argentinos acreditam que o promotor tenha se matado.